lunedì 24 febbraio 2020

La triplice tentazione



QUADERNETTI CAPITOLO 715


[1948]

   Dice Gesù
   «A quelli che non possono accogliere l'idea che il Figlio di Dio abbia potuto patire la tentazione triplice Io dico una volta ancora che quella patita nel deserto si è ripetuta da parte degli uomini sino all'ora di nona. 
   Riflettano a queste parole. Dico: sino all'ora di nona. Dopo non più. 
   Satana mi tentò di lussuria della carne con l'evocazione della femmina e con la fame, di lussuria del cuore con l'offerta delle potenze e dei regni se lo avessi adorato, di lussuria della mente spingendomi all'imprudenza per la superbia d'essere il Figlio di Dio al quale gli angeli avrebbero fatto da riparo al piede. 
   Gli uomini mi hanno tentato alla lussuria della carne con le ripulse e le femmine, alla lussuria del cuore con l'offerta di un regno, alla lussuria della mente tentandomi a mancare di prudenza per superbia del mio Io divino. 
   Satana e uomini uniti nello scopo di farmi crollare nel fango del peccato per abbattere il Vincitore eterno. Ma ancora una volta Io grido: "Chi può vantarsi di avermi indotto al peccato?1"».
   1 Gv 8, 46

AMDG et DVM

domenica 23 febbraio 2020

Padre Pio e la Santa Messa

LA PREPARAZIONE ALLA MESSA
(Dal libro: Padre Pio, profilo di un santo)


Era risaputo da tutti che Padre Pio fino alla sua morte al mattino si levava prestissimo, per prepararsi a celebrare la messa.

1. P. Raffaele D'Addario che è stato con il Padre dal 1926 al settembre 1960, scrive: «Andava a letto quasi a mezzanotte, ed intorno alle 2.00-3.00 già la sua sveglia suonava per la preparazione alla santa messa, che in quel periodo celebrava intorno alle 6.00.
Più volte gli dissi di levarsi un tantino più tardi; ma egli sempre mi rispondeva: "Se fosse in mio potere, andrei a dire la messa subito dopo mezzanotte". Egli anelava l'ora della santa messa, quasi cervo sitibondo in cerca della fonte.
Per lui la messa era il centro della sua vita, perché era lì che riviveva tutta la Passione di Gesù».
 
2. Attesta P. Eusebio Notte, che è stato vicino al Padre negli anni '60: «L'Eucarestia era il centro della sua vita. Si alzava nel cuore della notte (2.00-2.30) e cominciava la preparazione alla celebrazione della santa messa.
Più di una volta il desiderio era tanto grande che mi ha supplicato, perché lo accompagnassi all'altare prima dell'ora stabilita. E, quando gli facevo notare che non era quello l'orario fissato per la celebrazione della messa, mi pregava che lo accompagnassi almeno in sacrestia: la vicinanza con Gesù sacramentato calmava la sua ansia».
 
3. P. Federico Carrozza, alunno di Padre Pio, quando era giovane seminarista a S. Giovanni Rotondo, completa la testimonianza precedente, sottolineando l'aspetto sacrificale della messa del Padre. Egli afferma: «Una volta lo stesso P. Eusebio interrogò il Padre, perché lo facesse ed egli rispose: "Dobbiamo espiare i nostri peccati ed i peccati del mondo"».
 
4. P. Carmelo Di Donato, superiore del convento quando il Santo ha lasciato questa terra, attesta: «Padre Pio si svegliava prestissimo, alle 2.00, per prepararsi alla santa messa. Una sera ero presente nella sua camera, quando P. Eusebio Notte, che era addetto alla sua assistenza, gli disse in modo scherzoso che era troppo presto alzarsi a quell'ora, per prepararsi alla santa messa che doveva celebrare alle 5.00.
Egli si fece serio e rispose: "Figlio mio, non è mai troppo per prepararsi alla santa messa"».
 
5. Anche P. Onorato Marcucci faceva rilevare al Padre che si alzava un po' presto, tre ore prima dell'inizio della messa. Ed il Santo disse: «Che sono tre ore; ce ne vorrebbero dodici per prepararsi a celebrare il santo Sacrificio. Tu lo sai che cos'è la santa messa?».
 
6. Scrive P. Mariano Paladino: «Alzandosi prestissimo al mattino, voleva che in camera fossero leggermente illuminati il quadro della Madonna della Libera, patrona di Pietrelcina, l'immagine del Papa, la foto dei genitori.
Poi diceva: "Lasciatemi in pace, perché devo prepararmi alla messa". E restava a lungo in preghiera».
 

7. Concludiamo le testimonianze dei confratelli che sono stati con Padre Pio, citando P. Rosario da Aliminusa, che è stato superiore del convento di S. Giovanni Rotondo dal settembre 1960 al gennaio 1964: «Viveva dell'Eucaristia. La celebrazione della messa era il punto centrale della sua giornata. La celebrava sempre intorno alle cinque e Dio solo sa quale preparazione vi premettesse, perché era sempre in piedi poco dopo la mezzanotte».

AMDG et DVM

LA DIREZIONE DELL'ANIMA - di San Bonaventura


por São Boaventura
da ordem dos Frades Menores
Cardeal e Doutor da Santa Igreja
traduzido do latim por um sacerdote da mesma ordem
Livro de 1921 - 109 págs



Prefácio do Tradutor

Entre todas as Obras místicas de São Boaventura é A Direção da Alma a que mais notavelmente e com nitidez no-lo mostra abalizado mestre da vida espiritual. É muito pouco extenso este tratado. Seu autor, porém, concretizou nele os princípios básicos sobre os quais deseja levante a alma o edifício da vida espiritual. O leitor, sequioso de seu próprio aperfeiçoamento, encontrará neste opúsculo matéria abundante para proveitosas meditações e um guia seguro na direção de sua alma. Entretanto, com uma leitura rápida e superficial não se chegará sequer a avaliar a importância real do conteúdo da obra. Mas quem pausadamente a saboreia e estuda, certifica-se que o Doutor Seráfico expõe com mão de mestre, embora sucintamente, como a alma deve haver-se para com Deus e para com o próximo, o que quer dizer nas suas relações mais importantes e graves.
A alma então terá em si uma base solida sobre a qual poderá edificar, se nutre de Deus uma ideia altíssima, piíssima e santíssima e se abraça a lei de Deus com humildade, devoção e pureza. As faltas a alma as refaz pelo arrependimento, pelo santo temor e santo desejo. Na convivência com o próximo devem resplandecer a modéstia, a justiça e a piedade em suas diversas formas. É este o resumo da lição eficientíssima do presente opúsculo.
Segundo o prólogo do códice, conservado no Vaticano, São Boaventura escreveu este tratado para a princesa Branca, filha de São Luiz, rei da França, casada com Fernando, filho de Afonso X da Espanha. Depois da morte do marido, Branca voltou para Paris, onde morreu.

A DIREÇÃO DA ALMA

I
Antes de tudo, minha alma, é necessário que do bom Deus faças uma ideia altíssima, piíssima e santíssima. A isto chegarás por meio de fé inabalável, meditação atenta e lúcida intuição repassada de admiração.
1. - Altíssima será a ideia que fazes de Deus se fiel, piedosa e claramente crês, admiras e louvas seu poder imenso, que do nada criou tudo e tudo sustenta; sua sabedoria infinita que tudo dispõe e governa; sua justiça ilimitada que tudo julga e recompensa; e se, saindo de ti e voltando de novo e elevando-te acima de ti, com todas as veras cantas com o profeta: "Regozijaram-se as filhas de Judá pelos teus juízos, Senhor, porque tu és Senhor altíssimo sobre toda a terra, tu és sobremaneira exaltado sobre todos os deuses" (Ps. 96, 8 e 9).
2. - A ideia que fazes de Deus será piíssima se admiras, abraças e bendizes a sua imensa misericórdia que se mostrou sumamente benigna em tomar a nossa natureza humana e mortalidade, sumamente terna em suportar a cruz e a morte, sumamente liberal em mandar o Espírito Santo e instituir os Sacramentos, principalmente comunicando-se a si mesmo liberalissimamente no Sacramento do altar, para que de coração possas cantar as palavras do salmo: "Suave é o Senhor para com todos e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras" (Ps. 144, 9).
3. - A ideia que fazes de Deus será santíssima se consideras, admiras e louvas a sua inefável santidade e o proclamas, com os bem-aventurados Serafins: Santo, santo, santo!
Santo quer dizer, em primeiro lugar, que possui Ele a santidade em grau tão elevado e com tanta pureza que Lhe é impossível querer ou aprovar coisa alguma que não seja santa.
Santo, em segundo lugar, por Ele amar a santidade nos outros, de forma que Lhe é impossível subtrair os dons da graça ou negar o prêmio da glória aos que na verdade conservam a santidade.
Santo, em terceiro lugar, por Ele aborrecer tanto o contrário da santidade que Lhe é impossível não reprovar os pecados ou deixá-los impunes.
Se desta forma pensas de Deus, cantarás com Moisés, o legislador da Antiga lei: "Deus é fiel e sem nenhuma iniquidade, justo e reto" (V Moisés, 32, 4).

II
 Depois, dirige o teu olhar sobre a lei de Deus que te manda oferecer ao Altíssimo um coração humilde, ao Piíssimo um coração devoto, ao Santíssimo um coração ilibado.
1. - Um coração humilde, digo, deves oferecer ao Altíssimo pela reverência no Espírito, pela obediência nas obras, pela honra nas palavras e nos atos, observando a apostólica regra e doutrina: "Faze tudo para a glória de Deus" (I Cor., 10, 31).
2. - Um coração devoto deves oferecer ao Piíssimo, invocando em orações fervorosas, saboreando doçuras espirituais, dando muitas graças para que tua alma sempre mais a Deus "ascenda pelo deserto como uma varinha de fumo composto de aromas de mirra e de incenso" (Cântico dos Cânticos, 3, 6).
3. - Um coração ilibado deves oferecer ao Esposo santíssimo de maneira que não reine em ti, - nem nos sentidos, nem na vontade, nem no afeto, - algum prazer em deleites desordenados, desejo de coisas terrenas, nenhum movimento de maldade interna, e assim, livre de toda a mácula de pecado, possas cantar com o salmista: "Seja imaculado o meu coração nas tuas justificações para que não seja confundido" (Ps. 118, 80).
Reflete, pois, diligentemente e vê se tudo isto observaste desde a juventude. Se a consciência t'o afirmar, não o atribuas a ti mesmo, mas à mercê de Deus e rende-lhe graças. Se, porém, achares que uma ou mais vezes, num ponto ou em alguns, ou talvez em todos eles, faltaste grave ou levemente, por fraqueza, por ignorância ou com pleno conhecimento, procura reconciliar-te com Deus com "gemidos inexplicáveis" (Rom. 8, 26) e, para Lhe mostrar a emenda, reveste-te do Espírito de penitência, para que possas cantar com o salmista penitente: "Porque preparado estou para os açoites, e a minha dor está sempre diante de mim" (Ps. 37, 18).

III
 A dor da alma, porém, deve ter dois companheiros para que a purifiquem e aplaquem a Deus, a saber: o temor do juízo divino e o ardor de interno desejo, afim de que recuperes pelo temor um coração humilde, pelo desejo um coração devoto e pela contrição um coração ilibado.
1. - Teme, pois, os juízos divinos que são "um abismo profundo" (Ps. 35, 7). Teme, repito, teme muito para que, embora de algum modo penitente, não desagrades ainda a Deus; teme mais, para que depois não recomeces a ofender a Deus; teme muitíssimo, para que no fim não te afastes de Deus, carecendo sempre de luz, ardendo sempre no fogo, jamais livre do verme. Somente uma vida de verdadeira penitência e uma morte na graça da perseverança pode preservar-te desta infelicidade. Canta, pois, com o profeta: "Trespassa com o teu temor a minha carne, porque temos os teus juízos" (Ps. 118, 120).
2. - Arrepende-te e tem cuidado por causa dos pecados cometidos. Arrepende-te, aconselho, arrepende-te muito, porque por eles aniquilaste todo o bem que de Deus recebeste; (trata-se do pecado mortal que destrói todos os dons sobrenaturais); arrepende-te mais porque ofendeste a Cristo que por ti nasceu e foi crucificado; arrepende-te muitíssimo porque desprezaste a Deus, cuja majestade desonraste transgredindo as suas leis, cuja verdade negaste, cuja bondade afrontaste. Pelo pecado desonraste, desfiguraste e transtornaste toda a criação; porque pela rebeldia contra os divinos estatutos, mandamentos e juízos, abusaste de todas as coisas que, segundo a vontade de Deus, te deveriam servir: das criaturas, dos merecimentos alcançados, das misericórdias de Deus, os dons gratuitamente outorgados, e o prêmio prometido.
Depois de atentamente considerar tudo isto, toma luto como por teu filho único, chora amargamente (Jer. 6, 26); faze correr uma como que corrente de lágrimas de dia e de noite; não te dês descanso algum nem se cale a menina dos teus olhos (Lament. 2, 18).
3. - Deseja, contudo, os dons divinos, elevando-te pela chama do divino amor, até Deus, o qual tão pacientemente te suportou nos teus pecados, tão longanimemente esperou, tão misericordiosamente te reconduziu à penitência, concedendo-te o perdão, infundindo-te a graça, prometendo-te a coroa, enquanto de tua parte Lhe ofertaste - ou antes d'Ele recebeste para Lhe ofertar, - o sacrifício de um Espírito atribulado, de um coração contrito e humilhado (Ps. 50, 19) por meio de sentida compunção, confissão sincera e satisfação condigna.
Deseja, digo, muito a benevolência divina por uma larga comunicação do Espírito Santo, deseja mais a semelhança com Deus por uma imitação exata de Cristo crucificado, deseja muitíssimo, a posse de Deus por uma visão clara do Eterno Padre, para que na verdade cantes com o Profeta: "A minha alma arde em sede por Deus forte e vivo; quando irei e aparecerei diante da face de Deus?" (Ps. 41, 3).

IV
Ora, para conservar em ti este espírito de temor, de dor e de desejo, exerce-te externamente numa perfeita modéstia, justiça e piedade, afim de que, segundo escreve o Apóstolo, "renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivas sóbria, justa e piedosamente neste século" (Tito, 2, 12).
1. - Exerce-te numa perfeita modéstia para que, segundo a doutrina do Apóstolo, "a tua modéstia seja conhecida por todos os homens" (Phil. 4, 5). Exerce-te primeiro na modéstia da parcimônia no comer e vestir, no dormir e vigiar, no recreio e no trabalho, não excedendo a medida em coisa alguma.
Depois exerce-te na modéstia da disciplina, com moderação no silêncio e no falar, na tristeza e na alegria, na clemência e no rigor, conforme as circunstâncias o exigem e a sã razão o prescreve.
Finalmente, exerce-te na modéstia da civilidade, regulando, ordenando e, compondo as ações, os movimentos, os gestos, as vestes, os membros e os sentidos, conforme o requer a educação moral e o costume na ordem, para que merecidamente pertenças ao número daqueles aos quais o Apóstolo diz: "Faça-se tudo entre vós com decência e ordem" (I Cor. 14, 40).
2. - Exerce-te também na justiça para que te sejam aplicáveis as palavras do Profeta: "Reina por meio da verdade, da mansidão e da justiça" (Ps. 44, 5).
Na justiça, afirmo, integra por zelo pela honra divina, por observância da lei de Deus e por desejo da salvação do próximo.
Na justiça regulada pela obediência aos superiores, pela sociabilidade aos iguais, pela punição das faltas dos inferiores.
Na justiça perfeita, de forma que aproves toda a verdadefavoreças a bondade, resistas à maldade tanto no Espírito, como nas palavras e obras, não fazendo a ninguém o que não queres que te façam, não negando a ninguém o que dos outros desejas, para que imites com perfeição aqueles a quem foi dito: "Se a vossa justiça não for maior do que a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos céus" (Matth. 5, 20).
3. - Finalmente, exerce-te na piedade, porque, como diz o Apóstolo, "a piedade é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e futura" (I Tim. 4, 8).
Exerce-te na piedade do culto divino recitando as horas canônicas atenta, devota e reverentemente, acusando e chorando as faltas quotidianas, recebendo a seu tempo o Santíssimo Sacramento e ouvindo todos os dias a santa missa.
Na piedade, por meio da salvação das almas, auxiliando ora por frequentes orações, ora por instrutivas palavras, ora pelo estímulo do exemplo, para que quem ouve diga: Vem! (Apoc. 22, 17). Isto, porém, cumpre fazer com tanta prudência, que a própria alma não sofra prejuízo.
Na piedade, por meio do alívio das necessidades corporais, suportando com paciência, consolando amigavelmente, ajudando com humildade, alegria e misericórdia, para desta forma: cumprires o mandamento divino enunciado pelo Apóstolo: "Carregai os fardos uns dos outros, e desta maneira cumprireis a lei de Cristo" (Gal. 6, 2).
Para praticares tudo isto, o meio melhor, eu o creio, é a lembrança do Crucificado, afim de que o teu Dileto, como um ramalhete de mirra (Cântico dos C. 1, 12), descanse sempre junto ao teu coração.
Isto te queira prestar Aquele que é bendito por todos os séculos dos séculos.
Amém.


SANCTA MARIA, SPLENDOR SANCTAE ECCLESIAE, ORA PRO NOBIS

sabato 22 febbraio 2020

Il Papa... abortito


“IL PAPA… ABORTITO” 

Caro lettore nel 1974 ci fu il referendum sul divorzio. 
In Italia vinsero i divorzisti. E fu la rovina della famiglia. 
Oggi non ci si sposa neppure più in municipio, si convive, punto e basta, “finché ci piace, poi si cambia compagno/a”. 
Ma nella mia cittadina vinsero gli anti-divorzisti. Merito anche (soprattutto) del parroco che nelle domeniche precedenti, dal pulpito, letteralmente “tuonò” contro il divorzio. 

Nel maggio 1981 ci fu il referendum sull’aborto. In Italia vinsero gli abortisti e fu la strage degli innocenti, che tuttora perdura. Ma nella mia cittadina vinsero i difensori della vita nascente, perché lo stesso parroco tuonò, più forte del Savonarola, contro l’aborto, peccato gravissimo, orribile delitto, non solo interruzione della gravidanza, ma uccisione di un bambino che non può difendersi in alcun modo. 

Se tutti i preti allora, in quelle due circostanze, avessero “tuonato” così, forse non avrebbero vinto i divorzisti e poi gli abortisti, e oggi non ci sarebbe la pena di morte per i più innocenti degli esseri umani, i bambini non ancora nati. 

Quante famiglie sono state disgregate dal divorzio? 
Quanti bambini sono stati uccisi dall’aborto? Migliaia, milioni! 
E, oggi, chi tra i preti e vescovi, parla contro divorzio e aborto, chi illustra la bellezza, il dovere, la gioia vera del matrimonio cristiano, della vita concepita, destinata a nascere e fiorire? 

Si parla dello sfinimento, dell’accoglienza ai migranti, della custodia della natura, ma dei “principi non negoziabili”, di famiglia e vita, chi parla? Silenzio o quasi! 

Nella biografia di S. padre Pio da Pietrelcina c’è questo episodio bello e interessante: 

«Ad una donna, recatasi al suo confessionale, padre Pio disse: " Chiudi gli occhi e dimmi che cosa vedi”. La signora obbedì, chiuse gli occhi e disse: “Vedo un’immensa piazza con tanta gente. Tra quella gente vedo un corteo che avanza solenne. Vedo in quel corteo molti sacerdoti, vescovi e cardinali: tutti precedono un Papa che è portato in trono. Sì, vedo proprio un Papa sul trono (era la sedia gestatoria) e gran folla osannante a questo Papa, molto bello…Ma che significa tutto questo?”. Le rispose padre Pio: “Il bambino che hai ucciso nel tuo grembo con l’aborto, nei disegni di Dio doveva diventare quel Papa”. La povera donna diede un grido e svenne accanto al confessionale». (da: E. Boninsegna, Ero “curato”, ora sono da “curare”, Verona, pro manuscripto, 2019, pag. 139)

Che cosa si può aggiungere, che cosa rispondere davanti a un fatto così? Diventa sempre più apostolo della famiglia e della vita, secondo la mente e la volontà di Gesù Cristo. Diversamente, è la fine!

Insurgens

SANCTA MARIA, 
FONS MISERICORDIAE,
ORA PRO NOBIS!

IL problema EDUCAZIONE

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PIO XI: 
 "DIVINI ILLIUS MAGISTRI" (31 dicembre 1929) 

In quest’Enciclica papa Ratti affronta il problema dell’educazione della gioventù, e mette i fedeli in guardia dalle pretese degli Stati assoluti e totalitari di voler provvedere, solo essi e totalmente, alla formazione dei giovani, escludendo le famiglie e la Chiesa quasi che il Fine ultimo dell’uomo non sia Dio, ma soltanto il Potere civile e il benessere temporale. 

Il Papa, pertanto, insegna che gli uomini, creati a immagine e somiglianza di Dio e ordinati a Dio come al loro Fine ultimo, nell’abbondanza del progresso materiale odierno (1929), “avvertono l’insufficienza dei beni di questa terra per conseguire la vera e piena felicità. Quindi essi sentono in sé lo stimolo verso una perfezione più alta di quella puramente temporale e materiale e vogliono conseguirla specialmente attraverso l’educazione” (PIO XI, Enciclica Divini illius Magistri, in Tutte le Encicliche dei Sommi Pontefici, Milano, Dall’Oglio Editore, ed. V, 1959, 1° vol., p. 845). 

Tuttavia alcuni di essi errano poiché pensano di poterla conseguire estraendola o educendola (educare dal latino ex-ducere) dalla sola natura umana, astrazione fatta dall’ ordine soprannaturale, e con le sole proprie forze, senza l’aiuto della grazia divina. Costoro sbagliano perché invece di ordinare tutto a Dio, primo Principio e Fine ultimo di tutto l’universo, si ripiegano su se stessi, attaccandosi esclusivamente alle cose di questa terra (ivi). Proprio per questo motivo è importante non errare sulla questione dell’educazione e sulla questione del Fine ultimo dell’uomo, con il quale tutta l’opera dell’educazione è strettamente connessa. 

Il Papa spiega che “l’educazione consiste nella formazione dell’uomo, quale egli deve essere e come deve comportarsi in questa vita terrena per conseguire il Fine sublime per il quale fu creato. Quindi non può esistere una vera educazione che non sia ordinata al Fine ultimo” (ivi). Ora nel presente stato di vita si arriva al Fine ultimo tramite l’Incarnazione, Passione e Morte del Verbo. Perciò “non può darsi adeguata e perfetta educazione all’infuori dell’educazione cristiana” (ivi). 

L’educazione cristiana tende ad assicurare alle anime degli educandi il Sommo Bene, Dio. Da parte sua lo Stato deve tendere ad ottenere il massimo di benessere comune temporale per i cittadini, subordinato al benessere soprannaturale e spirituale al quale provvede la Chiesa fondata da Cristo. Pio XI insegna che “per non errare in quest’opera di somma importanza è necessario avere un’idea chiara dell’educazione cristiana, e cioè: a chi spetta la missione di educare, quale è il soggetto dell’ educazione, quali le circostanze necessarie dell’ambiente, quali il fine e la regola propria dell’educazione cristiana” (ib., p. 846). 

Primo punto: a chi spetta la missione di educare? Si chiede il Pontefice e risponde che “l’educazione è opera sociale e non solitaria o individuale. Ora le società necessarie in seno alle quali nasce l’uomo sono tre; due società d’ordine naturale: la famiglia e lo Stato; e una di ordine soprannaturale: la Chiesa” (ivi). La famiglia, che è istituita da Dio al fine di procreare e educare la prole, ha una priorità di natura rispetto allo Stato (che è un insieme di più famiglie) e quindi una priorità di diritti sulla prole e la sua educazione. Tuttavia la famiglia è una società imperfetta (che non ha in sé tutto ciò di cui ha bisogno per far ottenere ai suoi membri il loro fine), invece lo Stato è una società perfetta, avendo tutti i mezzi necessari al fine. Quindi in ordine al bene comune, lo Stato ha la preminenza sulla famiglia, che raggiunge la sua perfezione nella società civile. 

La terza società, nella quale l’uomo nasce alla vita soprannaturale, è la Chiesa, che è una società perfetta di ordine spirituale, la quale dà ai suoi membri tutti i mezzi per giungere al paradiso. “Quindi l’educazione, la quale riguarda tutto l’uomo individualmente e socialmente, nell’ordine della natura e in quello della grazia, appartiene a tutte e tre queste società, in misura proporzionata e corrispondente alla coordinazione dei loro rispettivi fini” (ivi). 
In primo luogo essa appartiene in modo sovreminente alla Chiesa per due titoli di ordine soprannaturale che Dio ha conferito solo ad essa e quindi superiori a qualsiasi altro titolo di ordine naturale. 
Il primo titolo soprannaturale consiste nella missione di magistero che Dio dette alla Chiesa: “Andate e ammaestrate tutte le Genti” (Mt., XXVIII, 18). 
Il secondo titolo è la Maternità soprannaturale della Chiesa, che genera e nutre le anime nella vita della grazia soprannaturale, con i suoi sacramenti e il suo insegnamento. 

Secondo punto: qual è il soggetto dell’educazione? 
Il Papa risponde che “essa si allarga a tutte le Genti senza limitazioni; né vi è potere terreno che possa legittimamente contrastarla o impedirla” (ib., p. 849). Inoltre essa si estende, innanzitutto, a tutti i fedeli e poi anche ai non fedeli, “essendo tutti gli uomini chiamati ad entrare nel regno di Dio e a conseguire l’eterna salvezza. La famiglia, continua il Papa, concorre con la missione educativa della Chiesa, poiché entrambe procedono da Dio. Infatti alla famiglia, nell’ordine naturale, Iddio comunica immediatamente la fecondità, principio di vita e quindi principio di educazione alla vita. La famiglia, dunque, ha immediatamente da Dio la missione e quindi il diritto di educare la prole; diritto anteriore a qualsiasi diritto dello Stato. 

S. Tommaso d’Aquino spiega il motivo della inviolabilità di questo diritto della famiglia: “Il figlio naturalmente è qualcosa del padre onde è di diritto naturale che il figlio, prima dell’uso di ragione, sia sotto la cura del padre. Quindi sarebbe andare contro la giustizia naturale, se il fanciullo prima dell’uso di ragione fosse sottratto alla cura dei genitori, o di lui si disponesse in qualche modo contro la volontà dei genitori” (S. Th., II-II, q. 10, a. 12). E siccome l’obbligo della educazione dei genitori continua sino a quando la prole sia in grado di provvedere a se stessa, perdura il medesimo diritto dei genitori. Quindi il Papa condanna la pretesa dello Stato assoluto di sostenere che la prole, prima che alla famiglia, appartenga allo Stato e che lo Stato abbia sull’educazione della gioventù un diritto assoluto (ib., p. 751). Il Pontefice confuta l’obiezione del pan-statismo secondo cui l’uomo nasce cittadino e quindi appartiene prima allo Stato. Infatti, spiega Pio XI, l’uomo prima di essere cittadino
deve esistere e l’esistenza non gliela dà lo Stato, ma i genitori. Tuttavia i diritti della Chiesa e della famiglia sull’educazione della gioventù sono partecipati allo Stato da Dio, non per titolo di paternità, che è spirituale per la Chiesa e naturale per la famiglia mentre non sussiste per lo Stato, ma per l’autorità che lo Stato possiede quanto alla promozione del benessere comune temporale, che è il fine proprio dello Stato. 

Ora, questo fine dello Stato, ossia il bene comune di ordine temporale, consiste nella pace e sicurezza che le famiglie e i singoli godono nell’esercizio dei loro diritti. Quindi la funzione del Potere civile ha una duplice funzione: proteggere e promuovere la famiglia e l’individuo e non assorbirli o sostituirsi ad essi. Pertanto in ordine all’educazione è dovere dello Stato proteggere, nelle sue leggi, il diritto della famiglia anteriore al suo sull’educazione cristiana della prole, e, per conseguenza rispettare il diritto soprannaturale della Chiesa. Inoltre è dovere dello Stato proteggere l’educazione morale e religiosa della gioventù. Infatti Dio ha fondato la sua Chiesa per la salvezza eterna degli uomini e, quindi, non si può sostenere che lo Stato non è soggetto a Dio e alla sua legge naturale e divina (ib., p. 857). Il Pontefice raccomanda agli educatori di non dimenticare che il soggetto dell’educazione cristiana è l’uomo tutto intero: spirito e corpo, cioè l’uomo ferito dal peccato originale, redento da Cristo, ma in cui restano nella natura umana gli effetti del peccato originale, particolarmente l’indebolimento della volontà e le tendenze disordinate. Perciò gli educatori debbono correggere le inclinazioni disordinate e ordinare le buone tendenze, sin dalla più tenera infanzia e soprattutto bisogna illuminare l’intelletto e fortificare la volontà con le verità soprannaturali e i mezzi della grazia (ib., p. 860). 
Il Pontefice condanna, quindi, il naturalismo pedagogico, che cerca di diminuire la formazione soprannaturale nell’opera dell’educazione pubblica. Egli condanna, altresì, i metodi educativi che vorrebbero dare al fanciullo una libertà e autonomia sconfinata e che diminuiscono l’autorità dell’educatore, “attribuendo al fanciullo un primato esclusivo di iniziativa e un’attività indipendente da ogni legge superiore, nell’opera della sua educazione” (ivi). 

Questi metodi, secondo Pio XI, invece di liberare il fanciullo, come essi asseriscono, lo rendono schiavo del suo orgoglio e delle sue passioni disordinate. Poi il Papa passa a studiare il fenomeno delicatissimo del naturalismo applicato ai costumi. Egli condanna l’educazione sessuale indiscriminata, poiché ritiene falsamente di poter premunire la gioventù dai pericoli dei sensi con mezzi puramente naturali, esponendoli alle occasioni di peccato (ib., p. 861). Quest’errore è una conseguenza del non voler riconoscere le ferite lasciate dal peccato originale nella natura umana. Tuttavia i genitori possono, con molta prudenza e spirito soprannaturale, trattare queste materie con la prole che comincia a crescere (ivi). 

Le vie del divino Amore non si percorrono senza Maria; è un assurdo il contrario, poiché senza la sua valida mediazione non si ha quel vigore di fede che lo alimenta e lo sostiene. L’anima non si sposa a Dio senza Maria, e non ha il purissimo vino dell’amore senza di Lei. Per questo i poveri protestanti non hanno e non possono avere vie di santità; sono divisi da Dio, e non possono celebrare le loro mistiche nozze di amore perché non hanno la Madre divina. Sac. Dolindo Ruotolo 

Terzo punto: le circostanze dell’ambiente, ossia tutto ciò che circonda l’educando. 

Il Papa insegna che il “primo ambiente naturale e necessario dell’educazione è la famiglia. Onde, normalmente, l’ educazione più efficace e duratura è quella che si riceve in una famiglia cristiana bene ordinata e disciplinata, illuminata dal buon esempio dei genitori” (ivi). 

Purtroppo, Pio XI, lamenta il “lacrimevole scadimento odierno (1929!) dell’educazione familiare. […]. Il che non è tanto effetto della eccessiva severità, quanto principalmente dell’impazienza, dell’ ignoranza dei modi più acconci alla correzione fruttuosa e anche della oramai troppo comune rilassatezza della disciplina familiare, onde crescono negli adolescenti passioni indomite” (ib., p. 863). 

Il Pontefice riprova anche la coeducazione, ossia l’educazione mista di ragazzi e ragazze, fondata pur essa sulla negazione implicita del peccato originale, scambiando la legittima convivenza umana con la promiscuità e l’eguaglianza livellatrice dei due sessi. Infatti “il Creatore ha ordinato la convivenza perfetta dei due sessi soltanto nell’unità del matrimonio. I due sessi sono destinati a completarsi reciprocamente nella famiglia e nella società, appunto per la loro diversità, la quale perciò deve essere mantenuta e favorita nella formazione educativa, con la necessaria distinzione e corrispondente separazione (ib., p. 862). 

Pio XI rivendica, storicamente, che la famiglia e la Chiesa sono state, ben prima dello Stato, le istitutrici delle scuole. Dunque “la scuola, considerata nelle sue origini storiche, è di sua natura istituzione sussidiaria e complementare della famiglia e della Chiesa, e pertanto deve non contraddire, ma accordarsi positivamente con la famiglia e la Chiesa. Infatti la scuola se non è tempio è tana” (ib., p. 864, Come non dargli ragione a partire dallo stato di degrado in cui si son ridotte le nostre scuole, nelle quali ogni 4 giorni, secondo le ultime statistiche, gli allievi aggrediscono un docente? 

Quindi il Papa condanna la scuola neutra o laica, dalla quale viene esclusa la religione, poiché praticamente essa diviene irreligiosa e atea e ricorda che secondo i Sacri Canoni “la frequenza delle scuole acattoliche o miste, quelle cioè aperte indifferentemente ai cattolici e agli acattolici è vietata ai fanciulli” (ivi). Infine il Papa tratta il fine dell’educazione, che è quello di “cooperare con la grazia divina nel formare il vero e perfetto uomo cristiano. […]. Il vero cristiano, frutto dell’educazione cristiana, è l’uomo soprannaturale, che pensa, giudica ed opera costantemente e coerentemente, secondo la retta ragione illuminata dalla luce soprannaturale degli esempi e della dottrina di Gesù Cristo” (ib. p. 870). 
Augustinus

SANCTA MARIA, 
ILLUMINATRIX CORDIUM, 
ORA PRO NOBIS!