venerdì 3 febbraio 2012

Festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso ‒ Quito, Equador : Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso - Origem da milagrosa imagem


(Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2012)


Hoje é a Festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso ‒ Quito, Equador : Profecias

Há 400 anos Nossa Senhora apareceu a uma religiosa espanhola no mosteiro das concepcionistas em Quito (Equador), e ordenou que se confeccionasse uma imagem sua sob as invocações do título, profetizou impressionantes acontecimentos para os séculos futuros, inclusive o nosso.

Nossa Senhora apareceu em 2 de fevereiro de 1610 a Madre Mariana de Jesus Torres, espanhola da alta nobreza, uma das oito fundadoras do mosteiro das concepcionistas de Quito, para ordenar-lhe a confecção de uma imagem a Ela dedicada. Estamos, portanto, no ano do IV centenário dessa aparição.

A milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso venera-se no Monasterio Real de La Limpia Concepción, em Quito, primeiro convento de monjas contemplativas da América do Sul, fundado em 1577 sob os auspícios do rei de Espanha Filipe II.


Neste artigo serão apresentadas as importantes relações que a devocão a essa imagem tem com os dias atuais. No quadro abaixo, a apreciação de Plinio Corrêa de Oliveira sobre Ela, a ordem do universo e a civilização cristã.

Histórico das aparições

Situemo-nos no ano de 1556. Matronas da cidade de Quito, devotas de Maria Imaculada (o dogma só viria a ser proclamado em 1854), desejosas de ter em sua cidade um mosteiro de religiosas concepcionistas, pediram a Filipe II a fundação naquela colônia de um mosteiro consagrado à Imaculada Conceição.

O rei enviou, para atender a tão excelente pedido, um grupo de religiosas fundadoras, tendo à testa a Rvda. Madre Maria de Jesus Talvada, descendente de nobre e antiga casa da Galícia, e também a sobrinha desta, a cândida menina Mariana.

Soror Mariana de Jesus Torres
A par de sua candura, era Mariana notável por sua rara formosura de alma e de corpo. Grande devota do Santíssimo Sacramento, dotada do dom da profecia, conheceu as inumeráveis dificuldades e sofrimentos pelos quais passariam as religiosas; e, uma vez fundado o mosteiro, o ódio e as perseguições do demônio contra a comunidade ao longo dos séculos.

Teve ainda conhecimento de que o mosteiro duraria até o fim do mundo, e que nele haveria sempre uma alma santa, em todos os tempos. Foi-lhe também revelado que a Rainha dos Céus comunicar-se-ia com ela por meio de aparições.

A 13 de janeiro de 1577, fundava-se o mosteiro. Mariana não pôde professar na ocasião, por ter apenas 13 anos. Iniciou seu noviciado e professou aos 15, com o nome de Mariana de Jesus.

A vida de Madre Mariana de Jesus Torres é um portento de santidade. Mantinha profunda intimidade com seu anjo da guarda, e sua devoção dominante era a Jesus Sacramentado. Êxtases, visões e revelações alternavam-se com terríveis perseguições, não só do demônio como também de religiosas relapsas.

Certo dia ocorreu com suas irmãs de hábito algo muito grave. Madre Mariana sofreu em silêncio e recorreu a Nosso Senhor, comunicando-Lhe seus tormentos. O Divino Redentor apareceu-lhe e disse:

— Quando te desposei, experimentei com cuidado tua vontade.

— Senhor — respondeuMadre Mariana — minha vontade está pronta, mas a carne é fraca.

Ao que Nosso Senhor acrescentou:

— Não te faltará fortaleza, assim como não falta nada à alma que Me pede.

Nesse momento, viu ela Jesus Cristo no Gólgota, quando Ele começava a agonizar. Aterrorizada, exclamou: “Senhor, sou eu a culpada, castiga-me e poupa teu povo!”. Apareceu-lhe então a Santíssima Virgem, que lhe disse:

“Não és tu a culpada, mas o mundo criminoso. Estes castigos são para o séc. XX”. Viu então três espadas, cada uma com uma legenda: Castigarei a heresia; Castigarei a blasfêmia; Castigarei a impureza.

A Santíssima Virgem prosseguiu: “Queres, minha filha, sacrificar-te por este povo?”.

Madre Mariana respondeu: “Minha vontade está pronta”.

As espadas cravaram-se em seu coração, e ela caiu morta pela violência da dor.

Morreu verdadeiramente Madre Mariana, e foi apresentada ao juízo de Deus: o Padre Eterno regozijou-se por tê-la criado; o Filho Divino, por tê-la redimido e tomado por esposa; e o Espírito Santo, por tê-la santificado.

Estava no Céu a alma de Madre Mariana, enquanto na Terra se elevavam orações fervorosas por sua vida. Nosso Senhor, querendo atender a essas súplicas, fez Madre Mariana ver como as orações por sua vida subiam ao trono de Deus.

Apresentou-lhe duas coroas — uma de glória imortal, e a outra cercada de espinhos — enquanto lhe dizia: “Esposa minha, escolhe uma destas coroas”. E a fazia entender que, com a coroa de glória, ficaria no Céu, ao passo que com a outra voltaria a padecer no mundo.

Madre Mariana pediu que a Divina Majestade escolhesse, e não ela. Nosso Senhor respondeu:”Não. Quando te tomei por esposa, provei tua vontade, e agora faço o mesmo”.

Madre Mariana teve então conhecimento do futuro do mosteiro, das monjas que se salvariam e das que se condenariam; das imensas calamidades do séc. XX, durante o qual choveria fogo do Céu, consumindo os homens e purificando a Terra; das almas daquele mosteiro, as quais, por sua santidade, aplacariam a cólera divina.

Voltou-se então para Nossa Senhora e pediu que Ela mesma governasse o mosteiro; e aceitou retornar à Terra, tendo então escolhido, humilde e resignada, a coroa de espinhos. Regressava à vida, com seus 20 anos de idade.

***


Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso (2) - Origem da milagrosa imagem


Madre Mariana de Jesus Torres, quadro de época



continuação do post anterior 

A vida de Madre Mariana de Jesus Torres, a quem Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu, foi escrita com admirável unção por Frei Manoel de Sousa Peraira, na segunda metade do séc. XVIII, baseando-se noCuadernón, que ele pôde consultar. 

Este Cuadernón foi posteriormente escondido, em local e data desconhecidos, a fim de preservá-lo das perseguições religiosas pelas quais viria a passar o Equador nos séculos XIX e XX. 

No livro A Vida Admirável da Rvda. Madre Mariana de Jesus Torres”, de 264 páginas, no qual se baseiam estas linhas, Frei Manoel relata pormenorizadamente as três mortes e duas ressurreições de Madre Mariana, sua atuação como religiosa modelar, seus sofrimentos e lutas, os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (os quais ela recebeu aos 25 anos) e outros fatos extraordinários de sua admirável vida mística. 

Seu corpo incorrupto, que assim se conserva desde sua derradeira morte em 16 de janeiro de 1635, em capela de seu mosteiro, confirma alguns desses fatos. 


Neste artigo, limitar-nos-emos a abordar mais extensamente a aparição de Nossa Senhora para lhe ordenar a confecção de sua imagem, e como esta foi realizada; ocupar-nos-emos também das revelações que Madre Mariana recebeu da Santíssima Virgem, com referência particular aos dias em que vivemos.

Corpos incorruptos de religiosas no convento das aparições
No ano de 1610, rezava insistentemente Madre Mariana à primeira hora da madrugada, prostrada ao solo no coro, pelas necessidades de seu mosteiro, da colônia espanhola da América e da Igreja, quando notou a presença de uma Senhora de extraordinária formosura, sustentando no braço esquerdo um Menino belo como a aurora. Emocionada, a religiosa perguntou:

— Quem sois, linda Senhora, e que desejais de mim, que sou só uma sofrida monja?

— Sou Maria do Bom Sucesso, a Rainha dos Céus e da Terra. Porque me invocaste com terno afeto, venho do Céu consolar teu aflito coração. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai Celestial. Na mão direita, tenho o báculo que vês, pois quero governar este meu mosteiro como Priora e Mãe. Satanás quer destruir esta obra de Deus, mas não o conseguirá, porque Eu sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso, sob cuja invocação quero fazer prodígios em todos os séculos.

É vontade de meu Filho Santíssimo que mandes confeccionar uma imagem, tal como me vês, e que a coloques no trono da abadessa. Na minha mão direita porás o báculo e as chaves da clausura, em sinal de minha propriedade e autoridade. Em minha mão esquerda porás meu Divino Filho. Eu mesma governarei este meu Mosteiro.

— Senhora —ponderou a religiosa — como realizar tudo isso, se até desconheço Vossa estatura?

— Dá-me o cordão franciscano que trazes à cintura.

A Santíssima Virgem o tomou e colocou uma de suas extremidades na mão de seu Divino Filho, que o aplicou à cabeça da Mãe, indicando a Madre Mariana que, com a outra ponta, tocasse seus pés.

O cordão milagrosamente se esticou, até alcançar a estatura exata da Santíssima Virgem.

— Aqui tens, minha filha, a medida de tua Mãe do Céu. Meu servo Francisco del Castilho, a quem explicarás minhas feições e minha postura, talhará minha imagem, pois tem reta consciência e observa religiosamente os mandamentos de Deus e da Igreja. De tua parte, ajuda-o com orações e humildes sofrimentos”.

Francisco del Castillo preparou-se com penitências, para tão alto encargo: confessou-se, comungou, e no dia 15 de setembro de 1610 iniciou a confecção da imagem. 

Quando faltavam apenas os retoques finais, certo de que a imagem, embora satisfatória, nem de longe representava o que Madre Mariana havia visto, resolveu não só fazer mais penitência, mas saiu de viagem em busca das melhores tintas para concluir o trabalho. 

De regresso, surpreendeu-se ao encontrar já concluída a imagem. Diante do bispo, fez juramento escrito para testemunhar que a imagem não era obra sua, e que a havia encontrado, ao voltar, com uma forma muito diferente da que havia deixado, seis dias antes.

Madre Mariana de Jesus descreve assim os acontecimentos: rezava às três horas da madrugada do dia 16 de janeiro de 1611, no coro, onde estava a imagem que ia sendo esculpida por Francisco del Castillo, quando viu os arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, os quais se apresentavam diante do trono da Rainha dos Céus.

São Miguel, saudando-a, disse: “Ave Maria, Filha de Deus Padre”; São Gabriel acrescentou: “Ave Maria, Mãe de Deus Filho”; e São Rafael concluiu: “Maria Santíssima, Esposa puríssima do Espírito Santo”. 

Nesse momento apareceu São Francisco de Assis, e se uniu aos três arcanjos. Seguidos da milícia celeste, acercaram-se da imagem semi-acabada, transformando-a e refazendo-a, dando-lhe uma beleza inigualável que mão humana jamais poderia conferir. 

A Virgem estava totalmente iluminada, como se estivesse no meio do sol. Do alto, a Santíssima Trindade olhava comprazida o que acontecia, e os anjos entoavam suas melodias. 

No meio de todas essas alegrias, a Rainha do Céu penetrou pessoalmente na imagem, como raios de sol que se introduzem em um cristal. 

Como que tomando vida, tornou-se resplandecente, e com celestial melodia cantou o Magnificat. Os anjos entoaram o hino Salve Sancta Parens (Ave, ó Santa Progenitora).

Essa foi a origem da milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

As extraordinárias revelações da Virgem Santíssima

Madre Mariana recebeu grande número de revelações, nas quais Nossa Senhora profetizou acontecimentos do século XX e vários que já se realizaram. Convido o leitor a tomar conhecimento de alguns, dentre muitos.

Talvez para algum leitor, habituado às precisões matemáticas de hoje (aliás, de si elogiáveis), seja útil mostrar antes a conexão entre o que Nossa Senhora diz sobre o século XX e o que se passa em 2010. 

Procissão na festa no convento das aparições
Com efeito, cada século se define mais pelo desenrolar dos acontecimentos relevantes que nele se verificam do que pelos dois zeros que caracterizam o ano como múltiplo de cem. 

Assim, os historiadores situam a Revolução Francesa como acontecimento do século XVIII, ao passo que ela se prolongou, com sua difusão por Napoleão Bonaparte, até o Congresso de Viena em 1815; e só consideram concluído o séc. XIX com o fim da Belle Époque e o início da I Guerra Mundial, em 1914. 

Isto porque a conceituação mais adequada de um século reside no significado profundo que ele tem na arquitetonia da História.

Outro exemplo: quando Paulo VI e João Paulo II tratam, com clareza e precisão, da tragédia ocorrida na Santa Igreja depois do Concílio Vaticano II, referem-se evidentemente a um fenômeno do séc. XX, tragédia que se prolonga e se desdobra até nossos dias.

Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso (3) - As revelações

Gabriel García Moreno (1821-1875)
“Um presidente verdadeiramente católico”

Em aparição de 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora disse a Madre Mariana: 

“A pátria em que vives deixará de ser colônia e será república livre; então, chamar-se-á Equador e necessitará de almas heróicas para sustentar-se no meio de tantas calamidades, públicas e privadas”. 

Previsão cumprida 200 anos depois. Nessa mesma aparição, a Santíssima Virgem afirmou:


“No séc. XIX haverá um presidente verdadeiramente católico, varão de caráter, a quem Deus dará a palma do martírio, na mesma praça onde está este meu convento. Ele consagrará a República ao Divino Coração de meu Filho Santíssimo, e esta consagração sustentará a Religião católica nos anos posteriores, os quais serão amargos para a Igreja”. 

Com efeito, em 25 de março de 1874, Gabriel Garcia Moreno [foto] tornou o Equador a primeira nação da América consagrada ao Sagrado Coração de Jesus. E no ano seguinte, a 6 de agosto, entregou sua alma a Deus, assassinado pelos inimigos da fé, na mesma praça em que está situado o mosteiro. Antes de expirar, escreveu no solo, com o próprio sangue: Dios no muere.

“Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja”



Em aparição de 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso entregou o Menino Jesus a Madre Mariana. 

Em seus braços, Ele revelou-lhe a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, quando “meu Vigário” (o Papa) estiver cativo; e o dogma da Assunção, depois de o mundo sair de um banho de sangue. 

O que se verificou, respectivamente, em 1854, no pontificado do Bem-aventurado Pio IX, e após a II Guerra Mundial, em 1950.

Em 8 de dezembro de 1634, a Rainha do Céu e da Terra indicou a Madre Mariana que sua invocação de Bom Sucesso iria ser a sustentação e guarda da fé, face à total corrupção do séc. XX. Ela predisse que, 

“nesses tempos de calamidade, quase não haverá inocência infantil [...], a atmosfera estará saturada de impureza, a qual, como um mar imundo, correrá pelas ruas, praças e lugares públicos com uma liberdade assombrosa, de maneira que quase não se encontrarão no mundo almas virgens[...]. Quanta dor sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos, profanações da Sagrada Eucaristia. [...] Meu Filho Santíssimo será lançado ao solo e pisoteado por pés imundos. [...] O Sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque nesse sacramento se oprime e denigre a Igreja de Deus e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes. [...] O Sacramento do matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra [...]. Impor-se-ão leis iníquas, com o objetivo de o extinguir, facilitando a todos viverem mal”.

Dramaticamente essas profecias indicam o que ocorre em nossos dias em relação aos sacrilégios, ao sacerdócio e àquilo que seria então inacreditável: a legalização de uniões de indivíduos do mesmo sexo, como se elas fossem casamento.

E Nossa Senhora do Bom Sucesso acrescentou:

“Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja. O pequeno número de almas que guardarão o tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel e indizível padecer, a par de um prolongado martírio [...], haverá uma guerra formidável e espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e estrangeiros, de sacerdotes e de religiosas. Essa noite será terrível, pois parecerá ao homem o triunfo da maldade. Será chegada, então, a hora em que Eu de maneira assombrosa destronarei o soberbo e maldito Satanás, pondo-o abaixo de meus pés e sepultando-o no abismo infernal. Deixarei por fim livres, a Igreja e a pátria, de sua cruel tirania [...]. Ora com insistência, pedindo a nosso Pai Celeste que se compadeça e ponha termo, o quanto antes, a tempos tão nefastos, enviando à Santa Igreja o prelado (do latim, “praelatus” — aquele que vai à frente),que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes. A esse filho meu muito querido amamos, meu Filho Santíssimo e Eu, com amor de predileção, pois o dotaremos de uma capacidade rara, de humildade de coração, de docilidade às divinas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja e de um coração terno e compassivo, para que, qual outro Cristo, atenda o grande e o pequeno, sem desprezar o mais desafortunado que lhe peça luz e conselho em suas dúvidas e amarguras [...]. Em sua mão será posta a balança do Santuário, para que tudo se faça com peso e medida, e Deus seja glorificado”.

“Alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja”

Em outra ocasião, revelando a mesma situação com ênfase diferente, Nossa Senhora do Bom Sucesso diz: 

“Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos da Igreja, lsem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem. Mas ai do erro do sábio — o que governa a Igreja —, do Pastor do redil que meu Filho Santíssimo confiou a seus cuidados. Mas quando aparecerem triunfantes e quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e oprimindo os débeis, próxima está sua ruína. Cairão por terra estatelados. E, alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja e adormecerá brandamente, embalada em mãos do hábil coração maternal de meu filho eleito e muito querido daqueles tempos, ao qual, se dócil prestar ouvido às inspirações da graça — sendo uma delas a leitura das grandes misericórdias que meu Filho Santíssimo e Eu temos usado contigo —, enchê-lo-emos de graças e dons muito particulares, fá-lo-emos grande na Terra e muito maior no Céu, onde lhe temos reservado um assento muito precioso, porque, sem temor dos homens, combateu pela verdade e defendeu, impertérrito, os direitos de sua Igreja, pelo que bem o poderão chamar mártir”.

As profecias de Nossa Senhora à Madre Mariana de Jesus Torres impressionam, quer pela clareza com que predisse acontecimentos já realizados, quer pela exatidão com que descreve a imensa crise de nossos dias. 

E são inteiramente afins com as mensagens de Nossa Senhora em Fátima e em La Salette.


(Fonte: Carlos Antonio E. Hofmeister Poli, Coronel do Exército de Cavalaria e Estado-Maior (R), "Catolicismo", fevereiro de 2010)fonte

LA DEVOZIONE AGLI ANGELI antidoto contro i poteri forti. Gli Angeli, dal primo momento della creazione, si sono schierati pro o contro Dio, per l’eternità. Questa scelta noi dobbiamo farla nel tempo storico in cui viviamo e il culto degli angeli ci aiuta a servire Dio e a combattere con efficacia i suoi avversari. Per questo la devozione agli angeli, poco praticata dai cristiani, è il migliore antidoto contro i poteri forti, naturali e preternaturali, che ci minacciano.


La devozione agli angeli antidoto contro i poteri forti

(di Roberto de Mattei su Radici Cristiane di gennaio 2012) Di fronte alla dittatura del relativismo e allo strapotere dei “poteri forti”, un senso di sgomento e di impotenza assale talvolta i cattolici e gli uomini di buona volontà. Eppure la storia non è irreversibile e chi combatte in difesa dell’ordine naturale e cristiano può ottenere vittorie inaspettate, confidando nell’aiuto della Divina Provvidenza.


La caratteristica principale dei cosiddetti “poteri forti” non è solo la potenza, ma anche la poca trasparenza con cui essi operano nella società. Si chiamino Gruppo Bilderberg o Commissione Trilaterale, questi potentati promuovono in maniera discreta ma efficace l’avvento di governi di “eccezione” affidati a una casta dirigente tecnocratica.
La tecnocrazia è il potere esercitato da un ristretto gruppo di uomini, di formazione scientifica, che si presentano come “esperti” e rivendicano a sé le decisioni ultime in materia di organizzazione della società. Uno dei classici slogan tecnocratici è quello del superamento delle ideologie, in nome dell’efficienza e del pragmatismo.
In realtà la tecnocrazia è essa stessa un’ideologia, fondata sul primato della scienza e dell’economia. Lo studioso spagnolo Juan Vallet de Goytisolo indica come dogmi della tecnocrazia il relativismo, che permette al tecnocrate di usare, senza remore morali, i mezzi più efficaci per raggiungere il suo scopo, l’evoluzionismo, che offre al relativismo un sostegno pseudo-mistico e il naturalismo che permette ai due primi dogmi di rimanere sul piano della pura “prassi”, per evitare che possano essere smentiti sul piano dei principi (Ideologia, praxis y mito de la tecnocrazia, Madrid 1971).
I regimi tecnocratici sono preceduti da campagne di discredito della politica considerata come regno dell’incompetenza e della corruzione. Il fine è quello di sostituire la democrazia con governi dittatoriali o “forti”, col pretesto dell’emergenza economica.
La tecnocrazia, però, non è solo un forte potere esecutivo e una ferrea organizzazione burocratica: essa si presenta innanzitutto come una forma di conoscenza “scientifica”, superiore a quella comune, a cui si accede attraverso particolari scuole, università, associazioni visibili od occulte che ne “illuminano” i percorsi. Quando questa conoscenza iniziatica passa dal campo economico a quello religioso e morale, assume il carattere di una “gnosi”, nel senso proprio del termine.
Lo scrittore francese Lous Damènie ha messo in luce le relazioni della tecnocrazia con le correnti massoniche ed esoteriche che mirano al capovolgimento dell’ordine naturale delle cose e auspicano una Chiesa Universale dell’Uomo realizzata attraverso l’egemonia degli apparati tecnici e scientifici (La tecnocrazia, tr. it., Milano 1985).
La “Madre” dei poteri forti scientisti e tecnocratici, secondo il Magistero della Chiesa, è la Massoneria. Tra le quasi seicento condanne dal 1738 ad oggi, ricordiamo quelle di Papa Leone XIII nelle encicliche Humanum genus del 20 aprile 1884 e Inimica vis dell’8 dicembre 1892.
Oggi la Massoneria è una galassia ramificata tra logge e “obbedienze” di vario genere, ma tutte accomunate dal rifiuto della Verità salvifica della Chiesa. Il sogno della Massoneria è sempre stato quello di una repubblica universale in cui la Verità cattolica, messa al bando, non conosca possibilità di esilio, ma solo l’alternativa tra il martirio e l’adorazione del Vitello d’oro.
L’equiparazione delle religioni, secondo Leone XIII, è un criterio «adottato con lo scopo di annientare tutte le religioni e, segnatamente quella cattolica che, essendo tra tutte l’unica vera, non può, se non con somma ingiustizia, essere posta su di un piano di parità rispetto alle altre» (Humanum Genus).
Massonerie e poteri forti, per le risorse politiche, economiche e finanziarie di cui godono, possono sembrare invincibili. Si dimentica però che anche i cattolici hanno i loro “poteri forti”, a cominciare dalla stessa Chiesa, che è forte non per l’influenza politica ed economica che esercita, ma per la capacità che ha, Essa sola, di condurre le anime alla loro patria celeste.
Leone XIII nell’enciclica Humanum Genus ricorda che il genere umano, lucifero
dopo la ribellione di Lucifero, «si divise come in due campi diversi e nemici tra loro: l’uno dei quali combatte senza posa per il trionfo della verità e del bene, l’altro per il trionfo del male e dell’errore». Tutto ebbe origine da quegli atti di fedeltà e di ribellione all’inizio del tempo.

Da allora Dio, causa prima di tutto ciò che esiste, si serve degli angeli quali cause seconde per reggere l’universo da Lui creato. San Tommaso afferma che «tutte le cose fisiche sono governate dagli angeli» (Summa theologica, I, q. 110, a. 1). Dio, spiega il Dottore Angelico, governa gli esseri inferiori attraverso quelli superiori perché vuole comunicare generosamente anche alle creature la dignità della causalità. Ciò significa che gli Angeli governano tutto ciò che si muove nell’universo, dall’immenso e maestoso mondo degli astri agli esseri umani, creati a immagine e somiglianza di Dio. Attraverso gli Angeli, ad ogni istante e in ogni circostanza della nostra esistenza, Dio esercita su di noi un’azione profonda e invisibile, per condurci al nostro fine soprannaturale.
L’universo è governato dagli angeli, presenti in ogni attimo e in ogni luogo come strumenti della Divina Provvidenza, messaggeri di grazie, protagonisti e testimoni dei piani divini. È per questo che noi preghiamo l’Angelo custode di “reggerci” e di “governarci”.
Sotto questo aspetto, la devozione agli Angeli è più importante di quella ai santi. I santi infatti sono modelli di virtù che dobbiamo imitare e pregare perché intercedano per noi. Essi non hanno però, se non in casi straordinari, quel potere sulle creature che gli angeli hanno in maniera ordinaria per decreto divino.
Nulla può opporsi alla forza della “potestà” e dei “principati” che reggono l’universo. 
La Madonna, associata da Gesù Cristo, Signore del Cielo e della Terra, a regnare con Lui su di ogni cosa è venerata perciò come “Regina degli Angeli” e guida lo schieramento delle milizie celesti.
Gli Angeli, dal primo momento della creazione, si sono schierati pro o contro Dio, per l’eternità. Questa scelta noi dobbiamo farla nel tempo storico in cui viviamo e il culto degli angeli ci aiuta a servire Dio e a combattere con efficacia i suoi avversari. Per questo la devozione agli angeli, poco praticata dai cristiani, è il migliore antidoto contro i poteri forti, naturali e preternaturali, che ci minacciano.

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AVE MARIA!
AMDG

"Un'Ora di Preparazione alla morte" è una sublime meditazione sul termine della nostra vita e come dobbiamo prepararci ad esso. Non è mai troppo presto per affidare la nostra anima al Signore, poiché la vita è un soffio e per tutti arriva veloce il momento del rendiconto.


L'ORA DI PREPARAZIONE ALLA MORTE
(da: "I Quaderni del 1945-1950", 14 luglio 1946, di Maria Valtorta)



  "L'Ora di Preparazione alla morte" 

è una sublime meditazione sul termine della nostra vita e come dobbiamo prepararci ad esso. Non è mai troppo presto per affidare la nostra anima al Signore, poiché la vita è un soffio e per tutti arriva veloce il momento del rendiconto.
Chi mediterà questa Ora capirà il grande valore della vita e come bisogna spenderla per ritrovarla. Ad ogni meditazione è raccomandabile aggiungere delle preghiere di lode e di supplica a scelta, per fare della meditazione una più perfetta orazione.

  I 
Dice Gesù:
«"Padre mio, se è possibile passi da me questo calice"(Vangelo di Matteo 26,39).
Non è una delle sette Parole della Croce. Ma è già parola di passione. È il primo atto della Passione che inizia. È la necessaria preparazione per le altre fasi dell'olocausto. È invocazione al Dator della vita, rassegnazione, umiltà, è orazione in cui si intrecciano, nobilitandosi la carne e perfezionandosi l'anima, la volontà dello spirito e la fragilità della creatura che ripugna alla morte.
"Padre!...". Oh! è l'ora in cui il mondo si allontana dai sensi e dal pensiero mentre si avvicina, come meteora che scende, il pensiero dell'altra vita, dell'ignoto, del giudizio. E l'uomo, sempre un pargolo anche se centenario, come un bambino spaurito, rimasto solo, cerca il seno di Dio.
Marito, moglie, fratelli, figli, genitori, amici... Erano tutto finché la vita era lontana dalla morte, finché la morte era un pensiero nascosto sotto nebbie lontane. Ma adesso che la morte esce da sotto al velo e avanza, ecco che per un capovolgimento di situazione, sono i genitori, i figli, gli amici, i fratelli, il marito, la moglie che perdono i loro tratti decisi, il loro valore affettivo, e si offuscano davanti all'imminente avanzarsi della morte. Come voci che si affievoliscono per la distanza, ogni cosa della terra perde vigore mentre ne acquista ciò che è al di là, ciò che fino a ieri pareva così lontano... E un moto di paura colpisce la creatura.
Se non fosse penosa e paurosa, la morte non sarebbe l'estremo castigo e l'estremo mezzo per espiare concesso all'uomo. Sinché non vi fu la Colpa, la morte non fu morte ma dormizione. E dove non fu colpa non fu morte come per Maria Santissima. Io morii perché su Me era tutto il Peccato, e ho conosciuto il ribrezzo del morire.
"Padre!". Oh! questo Dio tante volte non amato, o amato ultimo, dopo che il cuore ha amato parenti e amici, od ha avuto più indegni amori per creature di vizio, o ha amato le cose come dèi, questo Dio tanto sovente dimenticato, e che ha permesso di dimenticarlo, che ha lasciato liberi di dimenticarlo, che ha lasciato fare, che è stato irriso talora, tal'altra maledetto, tal'altra negato, ecco che risorge nel pensiero dell'uomo e riprende i suoi diritti. Tuona: "Io sono!" (Libro dell'Esodo 3,14) e per non far morire di spavento con la rivelazione della sua potenza, medica quel potente "Io sono" con una parola soave: "Padre" (Vangelo di Luca 11,2). "Io sono Padre tuo". Non è più terrore. È abbandono il sentimento che dà questa parola. Io, Io che dovevo morire, che comprendevo cosa è il morire, dopo avere insegnato agli uomini a vivere chiamando "Padre" l'Altissimo Jeovè (Vangelo di Matteo 6,9-13), ecco che vi ho insegnato a morire senza terrore, chiamando "Padre" il Dio che fra gli spasimi dell'agonia risorge o si fa più presente allo spirito del moribondo.
"Padre!". Non temete! Non temetelo, voi che morite, questo Dio che è Padre! Non viene avanti, giustiziere armato di registri e di scure, non viene avanti cinico strappandovi alla vita e agli affetti. Ma viene aprendovi le braccia, dicendo: "Torna alla tua dimora. Vieni al riposo. Io ti compenserò, ad usura di ciò che qui lasci. E, Io te lo giuro, in seno a Me sarai più attivo per coloro che lasci che rimanendo quaggiù in lotta affannosa e non sempre rimunerata".
Ma la morte è sempre dolore. Dolore per la sofferenza fisica, dolore per la sofferenza morale, dolore per la sofferenza spirituale. Deve essere dolore per essere mezzo di ultima espiazione nel tempo, lo ripeto. E in un ondeggiare di nebbie, che offuscano e scoprono in alterna vicenda ciò che nella vita si è amato, ciò che ci rende paurosi dell'al di là, l'anima, la mente, il cuore, come nave presa da gran tempesta, passano - da zone calme già nella pace dell'imminente porto ormai vicino, visibile, così sereno che già dà una quiete beata e un senso di riposo simile a quello di chi, terminata quasi una fatica, pregusta la gioia del prossimo riposo - passano a zone in cui la tempesta li scrolla, li colpisce, li fa soffrire, spaurire, gemere. È di nuovo il mondo, l'affannoso mondo con tutti i suoi tentacoli: la famiglia, gli affari; è l'angoscia dell'agonia, è lo spavento dell'ultimo passo... E poi? E poi?... La tenebra investe, soffoca la luce, sibila i suoi terrori... Dove è più il Cielo? Perché morire? Perché dover morire? E l'urlo gorgoglia già in gola: "Non voglio morire!".
No, fratelli miei che morite perché giusto è il morire, santo è il morire essendo voluto da Dio. No. Non gridate così! Quell'urlo non viene dalla vostra anima. È l'Avversario che suggestiona la vostra debolezza per farvelo dire. Mutate l'urlo ribelle e vile in un grido d'amore e di fiducia: "Padre, se è possibile passi da me questo calice". Come l'arcobaleno dopo il temporale, ecco che quel grido riporta la luce, la quiete. Rivedete il Cielo, le sante ragioni del morire, il premio del morire, ossia il ritornare al Padre, e allora comprendete che anche lo spirito, anzi, che lo spirito ha dei diritti più grandi della carne perché esso è eterno e di natura soprannaturale, e ha perciò la precedenza sulla carne, e allora dite la parola che è assoluzione a tutti i vostri peccati di ribellione: "Però non la mia ma la tua volontà sia fatta"(Vangelo di Matteo 26,39; Vangelo di Luca 22,42).
Ecco la pace, ecco la vittoria. L'angelo di Dio si stringe a voi e vi conforta perché avete vinto la battaglia, preparatoria a far della morte un trionfo.

  II 

"Padre, perdona loro" (Vangelo di Luca 23,34).
È il momento di spogliarsi di tutto quanto è peso per volare più sicuri a Dio. Non potete portare con voi né affetti né ricchezze che non siano spirituali e buone. E non c'è uomo che muoia senza avere da perdonare qualcosa ad uno od a molti suoi simili e in molte cose, per molti motivi. Quale l'uomo che giunga a morire senza aver patito l'acre di un tradimento, di un disamore, di una menzogna, un'usura, un danno qualsiasi, da parenti, consorti, o amici? Ebbene: è l'ora di perdonare per essere perdonati (Vangelo di Matteo 6,14-15; Vangelo di Luca 6,37)Perdonare completamente, lasciando andare non solo il rancore, non solo il ricordo, ma anche la persuasione che il nostro motivo di sdegno era giusto. È l'ora della morte. Il tempo, il mondo, gli affari, gli affetti hanno fine, divengono "nulla". Un solo vero esiste ormai: Dio. A che dunque portare oltre le soglie ciò che è del di qua delle soglie?
Perdonare. E poiché giungere alla perfezione d'amore e di perdono, che è il neppur più dire: "Eppure io avevo ragione", è molto, troppo difficile per l'uomo, ecco passare al Padre l'incarico di perdonare per noi. Dargli il nostro perdono, a Lui che non è uomo, che è perfetto, che è buono, che è Padre, perché Egli lo depuri nel suo Fuoco e lo dia, divenuto perfetto, a chi merita il perdono.
Perdonare, ai vivi e ai morti. Sì. Anche ai morti che sono stati cagione di dolore. La loro morte ha levato molte punte al corruccio degli offesi, talora le ha levate tutte. Ma il ricordo dura ancora. Hanno fatto soffrire, e si ricorda che hanno fatto soffrire. Questo ricordo mette sempre un limite al nostro perdono. No. Ora non più. Ora la morte sta per levare ogni limite allo spirito. Si entra nell'infinito. Levare perciò anche questo ricordo che limita il perdono. Perdonare, perdonare perché l'anima non abbia peso e tormento di ricordi e possa essere in pace con tutti i fratelli viventi o penanti, prima di incontrarsi col Pacifico.
"Padre, perdona loro". Santa umiltà, dolce amore del perdono dato, che sottintende perdono chiesto a Dio per i debiti verso Dio e verso il prossimo che ha colui che chiede perdono per i fratelli. Atto d'amore. Morire in un atto d'amore è avere l'indulgenza dell'amore. Beati quelli che sanno perdonare in espiazione di tutte le loro durezze di cuore e delle colpe dell'ira.


  III 

"Ecco tuo figlio" (Vangelo di Giovanni 19,26).
Ecco tuo figlio! Cedere ciò che è caro, con previdente e santo pensiero. Cedere gli affetti, e cedersi a Dio senza resistenza. Non invidiare chi possiede ciò che lasciamo. Nella frase potete affidare a Dio tutto quanto vi sta a cuore e che abbandonate, e tutto quanto vi angustia, anche il vostro stesso spirito.
Ricordare al Padre che è Padre. Mettergli nelle mani lo spirito che torna alla Sorgente. Dire: "Ecco. Sono qui. Prendimi con Te perché mi dono. Non cedo per forza di cose. Mi dono perché ti amo come figlio che torna a suo padre". E dire: "Ecco. Questi sono i miei cari. Te li dono. Questi sono i miei affari, quegli affari che qualche volta mi hanno fatto essere ingiusto, invidioso del prossimo, e che mi hanno fatto dimenticare Te perché mi parevano - lo erano, ma io lo credevo più che non fossero - mi parevano di una importanza capitale per il benessere dei miei, per il mio onore, per la stima che mi attiravano. Ho creduto anche che solo io fossi capace di tutelarli. Mi sono creduto necessario per compirli. Ora vedo... Non ero che un congegno infinitesimale nel perfetto organismo della tua Provvidenza, e molte volte un congegno imperfetto che guastava il lavoro dell'organismo perfetto. Ora che le luci e le voci del mondo cessano e tutto si allontana, vedo... sento... Come le mie opere erano insufficienti, logore, incomplete! Come erano dissonanti dal Bene! Ho presunto di essere io un grande 'che'. Tu eri - previdente, provvidente, santo - che correggevi i miei lavori e li rendevi utili ancora. Ho presunto. Talora ho anche detto che non mi amavi perché non mi riusciva, come agli altri che invidiavo, ciò che io volevo. Ora vedo. Miserere di me!".
Umile abbandono, riconoscente pensiero alla Provvidenza in riparazione delle vostre presunzioni, avidità, invidie e sostituzioni di Dio con povere cose umane, con le golosità delle ricchezze diverse.


  IV 

"Ricordati di me" (Vangelo di Luca 23,42).
Avete accettato il calice di morte, avete perdonato, avete ceduto ciò che era vostro, persino voi stessi. Avete molto mortificato l'io dell'uomo, molto liberato l'anima da ciò che spiace a Dio: dallo spirito di ribellione, dallo spirito di rancore, dallo spirito di avidità. Avete ceduto la vita, la giustizia, la proprietà, la povera vita, la più povera giustizia, le tre volte povere proprietà umane, al Signore. Novelli Giobbe, siete languenti e spogli davanti a Dio. Potete allora dire: "Ricordati di me".
Non siete più niente. Non salute, non fierezza, non ricchezza. Non possedete più neppure voi stessi. Siete bruco che può divenire farfalla o marcire nella carcere del corpo per un'ultima estrema ferita allo spirito. Siete fango che torna fango o fango che si muta in stella a seconda che preferite scendere nella cloaca dell'Avversario o ascendere nel vortice di Dio. L'ultima ora decide della vita eterna. Ricordatevelo. E gridate: "Ricordati di me!".
Dio attende quel grido del povero Giobbe per colmarlo di beni nel suo Regno. È dolce ad un Padre perdonare, intervenire, consolare. Non attende che questo grido per dirvi: "Sono con te, figlio. Non temere". Ditela questa parola per riparare a tutte le volte che vi dimenticaste del Padre o foste superbi.


  V 

"Dio mio, perché mi hai abbandonato?" (Vangelo di Marco 15,34).
Talora sembra che il Padre abbandoni. Non si è che nascosto per aumentare l'espiazione e dare maggior perdono. Può l'uomo lamentarsi con ira di ciò, egli che infinite volte ha abbandonato Iddio? E deve disperare perché Dio lo prova?
Quante cose avete messo nel vostro cuore che non erano Dio! Quante volte foste inerti con Lui! Con quante cose lo avete respinto e scacciato. Avete empito il cuore di tutto. Lo avete poi ferrato e ben chiavistellato perché temevate che Dio entrando potesse disturbare il vostro quietismo accidioso, purificare il suo tempio cacciandone gli usurpatori. Finché foste felici, che vi importava di avere Dio? Dicevate: "Ho già tutto perché me lo sono meritato". E quando felici non foste, non lo fuggiste mai Dio facendolo causa di ogni vostro male?
Oh! figli ingiusti che bevete il veleno, che entrate nei labirinti, che precipitate nei burroni e nei covi di serpi e altre fiere, e poi dite: "È Dio il colpevole", se Dio non fosse Padre e Padre santo, che dovrebbe rispondere al vostro lamento delle ore dolorose quando nelle felici lo dimenticaste? Oh! figli ingiusti che pieni di colpe pretendereste di essere trattati come il Figlio di Dio non fu trattato nell'ora dell'olocausto, dite, chi fu il più abbandonato? Non è il Cristo, l'Innocente, Colui che per salvare accetto l'abbandono assoluto di Dio dopo averlo amato attivamente sempre? E non avete voi nome di "cristiani"? E non avete il dovere di salvare almeno voi stessi?
Nell'accidia torbida che di sé si compiace e teme disturbo dell'accogliere l'Attivo, non c'è salvezza. Imitate allora Cristo, gettando questo grido nel momento di angoscia più forte. Ma fate che la nota del grido sia nota di mansuetudine e di umiltà, non tono di bestemmia e rimprovero. "Perché mi hai Tu abbandonato, Tu che sai che senza di Te nulla io posso? Vieni, o Padre, vieni a salvarmi, a darmi forza di salvare me stesso perché orrende sono le strette di morte e l'Avversario me ne aumenta ad arte la potenza, mi fischia che Tu non mi ami più. Fatti sentire, o Padre, non per i miei meriti ma proprio perché sono un nulla senza meriti che non sa vincere se è solo e che comprende, ora, che la vita era lavoro per il Cielo".

Guai ai soli, è detto (Libro della Genesi 2,18; Libro di Qoelet 4,10)Guai a chi è solo nell'ora della morte, solo con se stesso contro Satana e la carne! Ma non temete. Se chiamerete il Padre, Egli verrà. E questo umile invocarlo espierà i vostri colpevoli torpori verso Dio, le false pietà, gli amori sregolati dell'io, che fanno accidiosi.


  VI 

"Ho sete" (Vangelo di Giovanni 19,28).
Sì, veramente, quando si è capito il vero valore della vita eterna rispetto al metallo falso della vita terrena, quando la purificazione del dolore e della morte è accettata come santa ubbidienza, quando si è cresciuti in sapienza e in grazia presso Dio in poche ore, in pochi minuti talora, più che non si sia cresciuti in molti anni di vita (Vangelo di Luca 2,52)viene una sete profonda di acque celesti, di celesti cose. Le lussurie di tutte le seti umane sono vinte. Ma viene la soprannaturale sete di possedere Iddio. La sete dell'amore. L'anima aspira di bere l'amore e di esserne bevuta. Come un'acqua che è piovuta al suolo e non vuole divenire fango ma tornare nuvola, l'anima ora ha sete di salire al luogo dal quale discese. Quasi rotte le muraglie carnali, la prigioniera sente le aure del Luogo d'origine e vi anela con tutta se stessa.
Quale quel pellegrino esausto che vedendo, dopo anni, ormai prossimo il luogo natio, non raduna le forze e prosegue, svelto, tenace, incurante di tutto che non sia arrivare là da dove partì un giorno e tutto il vero suo bene vi lasciò, ed è certo ora di trovarlo e di gustano più ancora, perché fatto esperto del povero bene, che non sazia, trovato nel luogo di esilio?
"Ho sete". Sete di Te, mio Dio. Sete di averti. Sete di possederti. Sete di darti. Perché sulle soglie fra la terra e il Cielo già si sa capire l'amore di prossimo come va capito, e viene un desiderio di agire per dare Dio al prossimo che lasciamo. La santa operosità dei santi che, granelli morti che divengono spiga (Vangelo di Giovanni 12,24), si effondono in amore per dare amore e per fare amare Dio da chi ancora è nelle lotte della terra. "Ho sete". Non c'è più che un'acqua che sazi, giunta l'anima alle soglie della Vita: l'Acqua viva, Dio stesso.
L'Amore vero: Dio stesso. Amore contrapposto ad egoismo. L'egoismo è morto prima della carne nei giusti, e regna l'amore. E l'amore grida: "Ho sete di Te e di anime. Salvare. Amare. Morire per essere libero di amare e di salvare. Morire per nascere. Lasciare per possedere. Rifiutare ogni dolcezza, ogni conforto perché tutto è vanità quaggiù, e l'anima vuole solo tuffarsi nel fiume, nell'oceano della Divinità, bere di Essa, essere in Essa, senza più sete, perché la Fonte d'Acqua della Vita l'avrà accolta".
Avere questa sete per riparare al disamore e alla lussuria.


  VII 

"Tutto è compiuto" (Vangelo di Giovanni 19,30).
Tutte le rinunce, tutte le sofferenze, tutte le prove, le lotte, le vittorie, le offerte: tutto. Ormai non c'è più che da presentarsi a Dio. Il tempo concesso alla creatura per divenire un dio, a Satana per tentarla, è compiuto. Cessa il dolore, cessa la prova, cessa la lotta. Restano soltanto il giudizio, l'amorosa purificazione, o viene, beatissima, la dimora immediata del Cielo. Ma quanto è terra, quanto è volontà umana, ha fine.
Tutto è compiuto! La parola della completa rassegnazione o del gioioso riconoscimento di aver finito la prova e consumato l'olocausto. Non contemplo coloro che muoiono in peccato mortale, i quali non dicono, essi, "tutto è compiuto", ma con un urlo di vittoria e un pianto di dolore lo dicono, per loro, l'angelo delle tenebre, vittorioso, e l'angelo custode, vinto. Io parlo ai peccatori pentiti, ai buoni cristiani o agli eroi della virtù. Questi, sempre più vivi nello spirito man mano che la morte prende la carne, mormorano, o gridano, rassegnati o gioiosi: "Tutto è consumato. Il sacrificio ha termine. Prendilo per mia espiazione! Prendilo per mia offerta d'amore!". Così dicono gli spiriti, con la penultima parola, a seconda che subiscano la morte per legge comune o, anime vittime, la offrano per volontario sacrificio. Ma tanto le une che le altre, giunte ormai alla liberazione dalla materia, reclinano lo spirito sul seno di Dio dicendo: "Padre, nelle tue mani raccomando lo spirito mio" (Vangelo di Luca 23,46).
Sapete cosa è spirare con questa elevazione fatta viva nel cuore? È spirare nel bacio di Dio.

Vi sono molte preparazioni alla morte. Ma credete che questa, sulle mie parole, è nella sua semplicità la più santa».



AVE MARIA!
AMDG

mercoledì 1 febbraio 2012

Dite il Rosario ogni gior­no, anche intero se ne avete il tempo; nel­l'ora della vostra morte, benedirete il gior­no e l'ora in cui mi avete dato retta; infatti, dopo aver seminato benedicendo Gesù e Maria, raccoglierete benedizioni eterne in cielo: «Chi semina con larghezza, con larghezza raccoglierà»





Avranno una grande devozione per l'Ave Maria e ameranno recitare questo angelico saluto, di cui pochi cristiani, anche istruiti, conoscono il valore, il meri­to, la grandezza e l'importanza. Per mostrarne il valore, la Vergine Santa ha dovuto apparire più volte a dei grandi santi, altamente  illuminati,  come  a  san Domenico, san Giovanni da Capistrano, al beato Alain de la Roche. 

Essi hanno poi riempito interi volumi, esponendo le mera­viglie e l'efficacia di questa preghiera nella conversione delle anime; hanno scritto con profondità e hanno predicato in pubblico 
che la salvezza del mondo è iniziata con l'Ave Maria, 
e che la salvezza di ciascuno è legata a questa preghiera
una preghiera che ha procurato il frutto di vita a una terra secca e sterile 
e che, se recitata bene, fa germogliare nelle anime la parola di Dio e porta il frutto di vita, Gesù Cristo; 

e che l'Ave Maria è una celeste rugiada che bagna la terra, cioè l'anima, perché porti frutto a suo tempo, 
e che un'anima che non sia irro­rata da questa preghiera o rugiada celeste, non porta nessun frutto e non produce che rovi e spine, e va incontro alla condanna.


250. Ecco ciò che la Santa Vergine ha rivelato al beato Alain de la Roche, come è scritto nel suo libro De Dignitati Rosarii, riferito poi da Cartagena:

«Sappi, figlio mio, e fallo conoscere a tutti, che un segno probabile e vicino di dannazione eterna sta nell'avere avversione, o nell'essere indiffe­renti, o negligenti, nella recita del Saluto angelico, che ha salvato il mondo intero».

Sono parole consolanti e terribili nello stes­so tempo: si esiterebbe a crederle se non fossero garantite da questo santo  uomo, e da san Domenico prima di lui, e poi da altri illustri autori, lungo l'esperienza di diversi secoli. 
Si è sempre notato infatti che coloro che portano il segno di condanna come gli eretici e i falsi credenti, gli orgogliosi e i mondani, odiano o disprezzano l’Ave Maria e il Rosario.

Gli eretici accettano ancora e recitano il Padre Nostro, ma non l'Ave Maria,  il Rosario; li aborriscono: porte­rebbero addosso più volentieri una serpe, che una corona del Rosario.

E così gli orgo­gliosi: pur essendo cattolici, ma avendo le stesse inclinazioni di Lucifero, loro padre, disprezzano l'Ave Maria, o ne sono indiffe­renti, e considerano il Rosario come una devozione da donnette, buona solo per gli ignoranti e per quelli che non sanno legge­re. 

Al contrario invece, si è visto che, per esperienza, quelli e quelle che portano i grandi segni della salvezza, amano, gustano e recitano con gioia l'Ave Maria; e più essi sono di Dio, e maggiormente amano questa preghiera. E' ciò che la Santa Vergine dice ancora al beato Alain, dopo le parole riferite sopra.



251. Io non so come e perché questo succeda, ma so che è vero; e anch'io non ho un miglior segreto per conoscere se una persona è di Dio, che quello di verificare se ama dire l'Ave Maria e il Rosario. Dico: se ama recitarla, perché può succedere che un'anima sia nella impossibilità naturale o anche soprannaturale di farlo, ma la ama sempre e la ispira agli altri.

252. Anime dei veri credenti, schiave di Gesù in Maria, sappiate che dopo il Padre nostro, la preghiera più bella di tutte è l'Ave Maria. E' il complimento più perfetto che possiate rivolgere a Maria, poiché è quello che l'Altissimo le rivolse, per mezzo di un arcangelo, per conquistarne il cuore; e fu così efficace sul cuore di lei, a causa dei segreti incanti di cui è pieno, che Maria diede il proprio consenso alla Incarnazione del Verbo, malgrado la sua profonda umiltà. 

E' ugualmente per mezzo di questo compli­mento che voi conquisterete il suo cuore infallibilmente, se lo direte come si deve.



253. L'Ave Maria recitata bene, cioè con attenzione, devozione e semplicità, é - al dire dei santi - il nemico del demonio, che mette in fuga, e il martello che lo schiaccia; è la santificazione dell'anima, la gioia degli angeli, la melodia dei veri cre­denti, il cantico del Nuovo Testamento, il gaudio di Maria e la gloria della santissima Trinità.

L'Ave Maria è una celeste rugiada che rende feconda l'anima; è un bacio casto e amoroso che viene dato a Maria; è una rosa rossa che le viene presentata, una preziosa perla che le viene offerta; è una coppa di ambrosia e di nettare divino che le si porge. Sono tutte immagini usate dai santi.



254. Vi prego quindi vivamente, per l'amore che vi porto in Gesù e Maria: non vi basti recitare la piccola corona della Santa Vergine, ma dite il Rosario ogni gior­no, anche intero se ne avete il tempo; nel­l'ora della vostra morte, benedirete il gior­no e l'ora in cui mi avete dato retta; infatti, dopo aver seminato benedicendo Gesù e Maria, raccoglierete benedizioni eterne in cielo: «Chi semina con larghezza, con larghezza raccoglierà». (Montfort)






AVE MARIA!

AMDG