lunedì 12 novembre 2012

Confissão, Sacramento da Penitência ou Reconciliação, é a aplicação imediata a cada cristão da copiosa Redenção que Jesus conquistou para toda a humanidade. É o momento em que o Seu Sagrado Coração se dilata de amor e misericórdia para com qualquer pecador arrependido que venha a Ele pedir perdão.




A CONFISSÃO


A Confissão
Confissão, Sacramento da Penitência ou Reconciliação, é a aplicação imediata a cada cristão da copiosa Redenção que Jesus conquistou para toda a humanidade. É o momento em que o Seu Sagrado Coração se dilata de amor e misericórdia para com qualquer pecador arrependido que venha a Ele pedir perdão. No Sacramento o sacerdote perdoa-nos “em Nome de Cristo” e pela autoridade que Ele conferiu somente à Igreja Católica.
A fórmula da absolvição que o Sacerdote da Igreja latina usa, exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo o perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela páscoa de seu Filho e pelo dom do seu Espírito, através da oração e ministério da Igreja: “Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
O Catecismo da Igreja ensina que: §1446 – “Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Baptismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a Segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça”.
Os seus efeitos
1468 - Toda a força da Penitência reside no facto de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade` (Cat. R. 2,5,18). Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa, `podem usufruir da paz e tranquilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual`(Conc. Trento, DS, 1674). Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira `ressurreição espiritual`, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Lc 15,32).
Reconciliação com a Igreja
1469 - Este sacramento reconcilia-nos com a Igreja. O pecado rompe ou quebra a comunhão fraterna. O sacramento da Penitência repara ou restaura esta comunhão. Neste sentido, ele não cura apenas aquele que é restabelecido na comunhão eclesial, mas também um efeito vivificante sobre a vida da Igreja, que sofreu com o pecado de um dos seus membros (1Cor 12,26). Restabelecido ou confirmado na comunhão dos santos, o pecador sai fortalecido pela participação dos bens espirituais de todos os membros vivos do Corpo de Cristo, quer estejam ainda em estado de peregrinação ou já estejam na pátria celeste (LG 48-50):
Não devemos esquecer que a reconciliação com Deus tem como consequência, por assim dizer, outras reconciliações capazes de remediar outras rupturas ocasionadas pelo pecado: o penitente perdoado reconcilia-se consigo mesmo no íntimo mais profundo do seu ser, onde recupera a própria verdade interior; reconcilia-se com os irmãos que de alguma maneira ofendeu e feriu; reconcilia-se com a Igreja; e reconcilia-se com toda a criação (RP 31).
Juízo particular antecipado
1470 - Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus, antecipa de certa maneira o julgamento a que será sujeito no fim desta vida terrestre. Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida a escolha entre a vida e a morte, e só pelo caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo pecado grave (1 Cor 5,11; Gl 5, 19-21; Ap 22,15). Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida sem ser julgado (Jo 5,24).
O sigilo do sacramento
2490 - O sigilo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não pode ser traído sob nenhum pretexto. O sigilo sacramental é inviolável; por isso, não é lícito ao confessor revelar o penitente, com palavras, ou de qualquer outro modo, por nenhuma causa (CDC, cân. 983,1).
Penitência
Definição
A Penitência é a volta. Quase todo o dia a gente cai e se levanta. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. A gente pisa em falso porque não enxerga bem os passos e o caminho de Jesus. Erramos o caminho. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade. 
Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram ao pecar, e a qual colabora para a sua conversão com caridade, exemplo e orações. A confissão consiste num sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do baptismo.
Sobre o sacramento da Confissão, devemos analisar o seguinte:
Os homens pecam
Diz a Sagrada Escritura: "O justo cai sete vezes por dia" (Prov 24, 16). E se o próprio justo cai sete vezes, que será do pobre que não é justo? 
"Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21).
 
"Aquele que diz que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10).
 
O "Livre Arbítrio" humano permite ao homem realizar actos contrários ao seu criador.
É necessário obter o perdão dos pecados
"Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar" (Sl 117, 20). 
"Não sabeis que os pecadores não possuirão o reino de Deus?" (1 Cor 6, 9).
 
Portanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário obter o perdão dos pecados.
Jesus instituiu um sacramento
Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? Diz São João: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda a injustiça" (1 Jo 1, 8). 
Todavia, "aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar os seus crimes, alcançará a misericórdia" (Prov. 38, 13). "Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer" (Ecl 17, 26).
A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento, mas foi elevada à dignidade de Sacramento por Jesus, que conhecia a fraqueza humana e desejava salvar os seus filhos.
No dia da ressurreição, como para significar que a confissão é uma espécie de ressurreição espiritual do pecador, "apareceu no meio dos apóstolos... e, mostrando-lhes as mãos e o seu lado... disse-lhes: A paz esteja convosco. Assim como meu Pai me enviou, eu vos envio a vós. ...soprando sobre eles: recebei o Espírito Santo... Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23). O mesmo texto encontra-se em S. Mateus (Mt 28, 20).
Como tudo é claro! Jesus tinha o poder de perdoar os pecados, como se despreende de S. Mateus (Mt 9, 2-7). Ele transmite esse poder aos seus Apóstolos dizendo: "assim como o Pai me enviou", isto é, com o poder de perdoar os pecados, "assim eu vos envio a vós", ou seja, dotados do mesmo poder. E para dissipar qualquer dúvida, continua: "soprando sobre eles: Recebei o Espírito Santo..." como se dissesse: Recebei um poder divino... só Deus pode perdoar pecados: pois bem... "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23).
A conclusão é rigorosa: Cristo podia perdoar os pecados. Ele comunicou este poder aos Apóstolos e por eles aos sucessores dos Apóstolos: pois a Igreja é uma sociedade "que deve durar até ao fim do mundo" (Mt 28, 20). 
O livro dos Actos dos Apóstolos refere que quem se convertia "vinha fazer a confissão das suas culpas" (Act 19, 18).
A confissão deve ser feita a um padre
Pelo próprio livro dos Actos dos Apóstolos, quando se afirma que o convertido "vinha fazer a confissão", fica claro que era necessário a pessoa deslocar-se para realizar a confissão junto dos Apóstolos, pois o verbo "vir" é usado por quem recebe a visita do penitente. Se a confissão fosse directa com Deus, bastaria pedir perdão dos seus pecados, sem precisar de ‘ir' até à Igreja. 
Aliás, S. Tiago é explícito a este respeito: "confessai os vossos pecados uns aos outros, diz ele, e orai uns pelos outros, a fim de que sejais salvos" (Tgo 5, 16). Isto é, confessai os vossos pecados a um homem, que tenha recebido o poder de os perdoar. De qualquer forma, a instituição do Sacramento deixa claro o poder que Nosso Senhor conferiu à sua Igreja.
 
Sem a vontade de se confessar com um outro homem, o pecador demonstra que o seu arrependimento não é profundo, pois ele não se envergonha mais de ofender a Deus do que de expor a sua honra. No fundo, ama a si mesmo mais do que a Deus e pode estar a cometer um outro pecado, ainda mais grave, contra o primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas.
Contrição e Atrição
A Contrição consiste em pedir o perdão dos seus pecados por amor de Deus. A atrição, por sua vez, consiste em pedir o perdão dos pecados por temor do inferno.
A primeira, contrição (chamada contrição perfeita), apaga os pecados da pessoa antes mesmo da confissão. Todavia, só é verdadeira se há a disposição de se confessar com um padre. Foi desta forma que se salvaram os justos do Antigo Testamento. A atrição só é válida através do sacramento da confissão, o qual é eficaz mesmo se há apenas "medo do inferno". 
Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram, no Antigo Testamento, condições necessárias e suficientes para obter o perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Nosso Senhor Jesus Cristo e o seu Evangelho (desde que sigam a Lei Natural) e para os que não têm como se confessar (desde que tenham um acto de contrição perfeita). Mas quem, no seu orgulho, não acredita nas palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da penitência, e por isso não se quer confessar, não receberá o perdão, pois não ama a Deus verdadeiramente.
Cada pecado é um acto de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo humilhou-se e tornou-se obediente até à morte, e morte na Cruz" (Flp 2, 8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer o perdão. Por isso ele exige de nós este acto de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado" (Lc 18, 14).
Portanto, todos os homens necessitam da misericórdia divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da Confissão.
Acto de contrição
"Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido e com o auxílio da vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.
O que é necessário para ser eficaz uma confissão? 
  1. Exame de consciência sobre as faltas cometidas desde a úiltima confissão
  2. Ter arrependimento (atrição ou contrição);
 
  3. Propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam;
 
  4. Confessar-se sem omitir nada;
 
  5. Cumprir a penitência estabelecida pelo confessor.
 
 
Perguntas e Respostas sobre Confissão
1. O que é o sacramento da Penitência?
O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Baptismo. É, por conseguinte, o sacramento da nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente o nosso retorno aos braços do Pai depois que nos afastámos com o pecado.
2. É possível obter o perdão dos pecados mortais sem a confissão?
Depois do Baptismo não é possível obter o perdão dos pecados mortais sem a Confissão, embora seja possível antecipar o perdão com a contrição perfeita acompanhada do propósito de se confessar.
3. E se depois de feita a constrição a pessoa não se confessa?
Quem se comporta desta maneira comete uma falta grave. Pois todos os pecados mortais cometidos depois do baptismo devem ser acusados na Confissão.
4. O que se requer para fazer uma boa confissão?
Para fazer uma boa confissão é necessário: fazer um cuidadoso exame de consciência, arrepender-se dos pecados cometidos e o firme propósito de não os cometer mais (contrição), dizer os outros pecados ao sacerdote (confissão), e cumprir a penitência (satisfação).
5. O que é o exame de consciência?
O exame de consciência é a diligente procura dos pecados cometidos depois da última Confissão bem feita.
6. No exame de consciência é necessário ter exacto o número dos pecados?
Dos pecados graves ou mortais é preciso acusar também o número, porque cada pecado mortal deve ser dito na confissão.
7. O que é a dor dos pecados?
A dor dos pecados é o sincero pesar e a repulsa dos pecados cometidos.
8. De quantos tipos é a dor?
A dor é de dois tipos: dor perfeita (ou contrição) e dor imperfeita (ou atrição).
9. Quando se tem dor perfeita ou contrição?
Tem-se a dor perfeita ou contrição quando se arrepende dos próprios pecados porque se ofendeu a Deus, imensamente bom e digno de ser amado: quando a dor nasce do amor desinteressado a Deus, quer dizer, da caridade.
10. Quando se tem a dor imperfeita ou atrição?
Tem-se a dor imperfeita ou atrição quando o arrependimento, assim que inspirado pela fé, tem motivações menos nobres: por exemplo, quando nasce da consideração da desordem causada pelo pecado, ou pelo temor da condenação eterna (Inferno) e das penas que o pecador pode receber.
11. Pela dor dos pecados obtém-se imediatamente o perdão?
A dor perfeita unida ao propósito de se confessar obtém imediatamente o perdão; a dor imperfeita só se obtém, pelo contrário, na confissão sacramental. (Nota: o Catecismo ressalta que ainda que se ache estar em contrição perfeita, que já perdoaria o pecado, deve-se receber a eucaristia apenas após realizar a confissão)
12. É necessário arrepender-se de todos os pecados cometidos?
Para a validade da confissão é suficiente arrepender-se de todos os pecados mortais, mas para o progresso espiritual é necessário arrepender-se também dos pecados veniais.
13. Um verdadeiro arrependimento requer também o propósito de abandonar o pecado?
O arrependimento certamente olha para o passado, mas implica necessariamente um empenho para o futuro com a firme vontade de não cometer nunca mais o pecado.
14. Pode-se ter um verdadeiro arrependimento se a gente prevê que antes ou depois tornará a cair em pecado?
A previsão do pecado futuro não impede que se tenha o propósito sincero de não o cometer mais, porque o propósito depende só do conhecimento que nós temos da nossa fraqueza.
15. O que é a confissão?
A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados ao sacerdote confessor.
16. Quais pecados são obrigatórios confessar?
Estamos obrigados a confessar todos e cada um dos pecados graves, ou mortais, cometidos depois da última confissão bem feita.
17. Quais são os pecados mortais mais freqüentes?
As faltas objectivamente mortais mais frequentes são (seguindo a ordem dos mandamentos): praticar de qualquer modo a magia; blasfemar; perder a Missa dominical ou nas festas de preceitos sem um motivo sério; tratar mal os próprios pais ou superiores; matar ou ferir gravemente uma pessoa inocente; procurar directamente o aborto; procurar o prazer sexual e solitário ou com outras pessoas que não sejam o próprio cônjuge; para os cônjuges, impedir a concepção no acto conjugal; roubar alguma soma relevante, inclusive desviando ou subtraindo no trabalho; murmurar gravemente sobre o próximo ou caluniá-lo; cultivar voluntariamente pensamentos ou desejos impuros; faltar gravemente com o próprio dever; aproximar-se da Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal; omitir voluntariamente um pecado grave na confissão.
18. Se a pessoa esquece um pecado mortal, obtém igualmente o perdão na confissão?
Se a pessoa esquecer um pecado mortal, pode obter igualmente o perdão, mas na confissão seguinte deve confessar o pecado esquecido.
19. Se a pessoa omitir voluntariamente um pecado mortal obtém o perdão dos outros pecados?
Se uma pessoa, por vergonha ou por outros motivos, omite um pecado mortal, não só não obtém nenhum perdão, mas também comete um novo pecado de sacrilégio, o de profanação de uma coisa sagrada.
20. Há obrigação de confessar os pecados veniais?
A confissão dos pecados veniais não é necessária, mas é muito útil para o progresso da vida cristã.
21. O confessor deve dar sempre a absolvição?
O confessor deve dar sempre a absolvição se o penitente estiver bem disposto, quer dizer, se estiver sinceramente arrependido de todos os seus pecados mortais. Se pelo contrário, o penitente não está bem disposto, não tendo a dor ou o propósito de emenda, então o confessor não pode e não deve dar a absolvição.
22. O que deve fazer o penitente depois da absolvição?
O penitente depois da absolvição deve cumprir a penitência que lhe foi imposta e reparar os danos que os seus pecados eventualmente tiverem causado ao próximo (por exemplo, deve restituir o roubado).
23. Quais são os efeitos do sacramento da Penitência?
São a reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça santificante, o aumento das forças espirituais para caminhar para a perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma viva consolação do espírito.
24. Como se pode superar a dificuldade que se sente em se confessar?
Que tem dificuldades para se confessar deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom maravilhosos que o Senhor nos deu. No “tribunal” da Penitência o culpado nunca é condenado, mas sempre absolvido. Pois quem se confessa não se encontra com um simples homem, mas com Jesus, o qual, presente no seu ministro, como fez com o leproso do Evangelho (Mc 1, 40ss.) também hoje nos toca ou nos cura; e, como fez com a menina que jazia morta nos toma pela mão repetindo as palavras: “Talita kumi, menina, eu te digo, levanta-te!” (Mc 5, 41).
25. A confissão ajuda-nos também no caminho da virtude?
A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com efeito, além de nos dar a graça própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fundamentais da nossa vida cristã.
A humildade acima de tudo, que é a base de todo o edifício espiritual, depois a fé em Jesus Salvador e nos seus méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor a Deus e ao próximo, a abertura do nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Enfim, a sinceridade, a separação do pecado e o desejo sincero de progredir espiritualmente. 
O Santo Cura d’Ars, sobre a confissão dizia:
“O bom Deus sabe tudo. Ainda antes de vos confessardes, já sabe que voltareis a pecar e todavia perdoa-vos. O seu amor é tão grande que vai ao ponto de esquecer voluntariamente o futuro só para poder perdoar-vos agora!” 
Por tudo isto, o Santo Cura d’Ars passava longas horas a confessar.   Até lhe chamavam “o grande hospital de almas”.

Exame de consciência

Exame de consciência
Para pensares: A confissão é um sacramento e por isso é preciso preparares-te bem. 
Evita conversar ou distrair-te. Coloca-te na presença de Deus e pede o auxílio do Espírito Santo para fazeres bem o teu exame de consciência.
 
Depois aproxima-te do confessor (que representa Cristo) com confiança e humildade. Sem rodeios confessa os teus pecados chamando-os pelo nome, sem citar nomes de pessoas ou entrando em detalhes desnecessários nem mesmo omitindo coisas importantes.
Há quanto tempo eu não me confesso?
Para com Deus:
Amei o Senhor procurando conhecê-lo e servi-lo? Duvidei de Deus, duvidei da minha fé? Deixei de esperar em Deus colocando a minha confiança somente nas minhas ideias, nas coisas ou nas pessoas? Quis salvar-me sozinho, esperando somente nas minhas capacidades ou virtudes? Fui indiferente e ingrato para com Deus? Hesitei em responder à vontade divina? Revoltei-me contra Deus? Passei a viver como se Ele não existisse, me amasse e cuidasse de mim? Prestei culto de adoração ao pecado e aos ídolos deste mundo?
Rezei com perseverança, assiduidade e devoção? Cumpri os votos e promessas que fiz ao Senhor? Fui supersticioso (acreditei em horóscopos, amuletos, etc.)? Pratiquei a adivinhação, o espiritismo e a magia? Coloquei Deus à prova? Pratiquei sacrilégio (profanei ou tratei indignamente os sacramentos ou lugares sagrados?) Invoquei o nome de Deus com desrespeito ou em vão? Disse blasfémias ou lancei pragas em nome de Deus? Fiz juramentos falsos? Respeitei o domingo como dia do Senhor (dia de descanso, de oração e de fraternidade?) Participei integralmente da celebração eucarística com atenção e devoção? Participei na Santa Missa nos dias santos?
Para com o próximo e para consigo mesmo:
Amei, honrei e respeitei os meus pais e todos aqueles que possuem autoridade sobre mim? Dialoguei, ajudei verdadeiramente estas pessoas de modo a não me tornar um peso para elas? Fui arrogante e desobediente? Amei, ajudei e busquei o bem dos meus filhos e dos que dependem de mim? Fui arrogante e autoritário com eles? Usei da minha autoridade para me promover ou para simplesmente os manipular? Procurei tomar consciência dos valores a serem vividos na política e na sociedade de modo a participar na transformação do mundo?
Matei alguém? Pratiquei o aborto, desejei a morte de alguém? Tentei o suicídio? Esqueci que a vida é dom de Deus e que eu sou administrador e não dono da minha vida? Dei escândalo, isto é, dei mau exemplo levando os outros a pecar (com as minhas palavras, as minhas atitudes, o meu jeito de vestir, de falar? Cuidei da minha saúde e da saúde dos outros? Fui vaidoso? Exagerei na comida ou estraguei a minha saúde com o álcool, com o fumo? Usei drogas (o que é falta grave)? Respeitei e amei os doentes, os mais fracos, os necessitados e pobres? Fiz distinção das pessoas?
Discriminei as pessoas por serem de outra cor, por serem de outra religião ou por pensarem de modo diferentes ou por serem pobres ou marginalizadas? Perdoei sinceramente a quem me ofendeu? Guardei mágoas, ressentimentos? Julguei os outros pela aparência? Cultivei antipatias? Desprezei alguém? Usei de agressividade e desrespeito com os outros? Fui agressivo, arrogante, intolerante, mal-educado? Cultivei a ira, o ódio? Falei mal das pessoas (especialmente das ausentes) em vez de conversar com a pessoa interessada? Caluniei alguém? Disse mentiras? Procurei dialogar em vez de discutir?
Procurei ouvir as pessoas? Aceitei as críticas construtivas? Exibi-me, quis aparecer? Procurei o aplauso ou o reconhecimento dos outros? Tentei ajudar os outros com o meu conselho, com as minhas atitudes concretas de ajudas (materiais e espirituais) possíveis? Fui apegado a coisas materiais? Idolatrei o dinheiro? Roubei, furtei ou desviei dinheiro ou bens materiais a que não tinha direito? Falei mal das pessoas, humilhei-as? Respeitei os bens do próximo (as suas coisas materiais, as suas virtudes e as capacidades, as pessoas que estão junto delas?), tive inveja, cobicei os bens do próximo?
Cumpri com responsabilidade e dedicação os meus deveres (profissionais, de estudante)? Fui preguiçoso, ocioso, acomodado? Respondi positivamente e vivi a minha vocação (o convite que Deus me fez)? Guardei a castidade do meu corpo e a pureza da minha alma? Cultivei deliberadamente pensamentos impuros e que desonram a sexualidade querida por Deus? Olhei de modo indecente ou cobiçoso as mulheres ou homens? Vi revistas ou assisti a programas pornográficos?
Pratiquei a masturbação? Tive namoros indecentes, com carícias exageradas ou intimidades que não são lícitas para namorados e noivos? Namorei sem compromisso só para me satisfazer com o outro? Pratiquei sexo usando crianças? Usei de métodos anti-conceptivos condenados pela Igreja? Fui fiel ao meu esposo (a) em olhares, atitudes, pensamentos, comportamentos? Acolhi com fé e amor os filhos que Deus me envia?
- Após fazeres o teu exame de consciência, procura um sacerdote, sem medo, e deixa-te ser acolhido, envolvido totalmente na misericórdia de Jesus que não te condena, mas que te acolhe e te levanta para recomeçares de novo a vida.
Depois da confissão: escuta atentamente os conselhos do confessor e responde com sinceridade as perguntas que ele eventualmente te fizer.
Reza em seguida o acto de contrição.
ACTO DE CONTRIÇÃO:
MEU DEUS, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido e com o auxílio da vossa graça proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Ámen.
Ou
- Meu Deus, porque sois tão bom; tenho muita pena de Vos ter ofendido; ajudai-me a não tornar a pecar.

Recebe a absolvição (o perdão que o sacerdote te dará em nome de Deus).
A seguir, não te distraias, nem vás conversar. Coloca-te em oração e cumpre a penitência mandada pelo sacerdote. Depois agradece a Deus porque Ele foi misericordioso e bondoso para contigo, perdoando mais uma vez os teus pecados.
DEIXAI-VOS RECONCILIAR COM DEUS
“Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (São João 20,23)
O Sacramento da Confissão ou penitência é realmente fonte de cura e libertação dos corpos e das almas. Através dos Sacramentos Jesus continua pela Igreja a ministrar o Seu poder salvador aos homens, pois a igreja é o grande sacramento no mundo, sinal da salvação, da cura e da libertação dos homens e mulheres, que através do pecado estão cativos, mas a misericórdia de Deus é eterna e não se deixa vencer em generosidade. O AMOR DE DEUS CURA E LIBERTA ATRAVÉS DO PERDÃO SACRAMENTAL!
O que diz a Igreja: Catecismo da Igreja Católica:
S.6.21.5 Sacramentos de cura
§1420 Pelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida nós a trazemos “em vasos de argila” (2Cor 4,7). Agora, ela ainda se encontra “escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Estamos ainda na “nossa morada terrestre”, sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filhos de Deus pode se tornar debilitada e até perdida pelo pecado.
§1421 O Senhor Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e lhe restituiu a saúde do corpo, quis que a sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, também junto dos seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos.
S.6.21.9 Sacramentos que perdoam os pecados
§977 Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Baptismo: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for baptizado será salvo”. (Mc 16,15.16).
§987 “Na remissão dos pecados, os presbíteros e os sacramentos são meros instrumentos dos quais nosso Senhor Jesus Cristo, único autor e dispensador da nossa salvação, se apraz em se servir para apagar as nossas iniquidades e dar-nos a graça da justificação”.
Uma senhora que há cinco anos estava escrava de uma situação, pois não tinha coragem de se confessar, até tentou, mas quando chegava diante do sacerdote não conseguia, pois tinha vergonha. Mas confessou-se e quando se confessava chorava e dizia: “Estou a experimentar a cura e a libertação que é algo muito diferente, é como se um  grande nó estivesse a descer na minha garganta e um peso fosse tirado das minhas costas!”. Se ela soubesse que seria tão bom e grande a libertação, ela teria enfrentado isto antes, pois pecado que não é perdoado é pecado que não é confessado.
Um jovem tinha um vício que conseguiu banir quando encontrou Jesus através do grupo de jovens e neste grupo descobriu também a graça da confissão: o seu director até de noite lhe atendia as suas confissões. Foi uma grande terapia de cura, confissão e aconselhamento. Hoje, embora vigilante sobre o assunto, está livre. Foram gotas de cura interior que recebia em cada confissão, sem falar da formação e do Dom da Fortaleza que recebia depois de assumir as próprias fraquezas.
Oração para invocar o Espírito Santo a pedir a graça de um coração contrito, arrependido
Vem Espírito Santo e ilumina a minha consciência e prepara o meu coração para fazer uma boa confissão, não quero esquecer nada e muito menos ficar com respeito humano ou com medo de Deus, vergonha dos meus pecados. Na confissão Jesus misericordioso está de braços abertos para me acolher como um filho pródigo e perdoar todos os meus pecados, lavar com o Seu sangue e curar as minhas feridas. Maria encaminha os meus passos para experimentar a cura e a libertação através da confissão. Amém.
Confissão:
Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos que eu pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, actos e omissões por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a vós irmãos, que rogueis por mim a Deus nosso Senhor.
Que pecado é mais difícil de combater?
"Se reconhecermos os nossos pecados, Deus está aí, fiel e justo para nos perdoar e para nos purificar de toda iniquidade" (I Jo 1,9). Superar o pecado é uma luta que travamos todos os dias. O mundo oferece-nos milhares de tentações desde que acordamos.
Qual o pecado mais difícil de combater no dia-a-dia?
"Filho, pecaste? Não o faças mais. Mas ora pelas tuas faltas passadas, para que te sejam perdoadas. Foge do pecado com se foge duma serpente; porque, se dela te aproximares, ela te morderá. Os seus dentes são dentes de leão, que matam as almas dos homens. Todo o pecado é como uma espada de dois gumes: a chaga que ele produz é incurável. O ultraje e a violência destroem as riquezas. A mais rica mansão arruína-se pelo orgulho; assim será desenraizada a riqueza do orgulhoso. A oração do pobre eleva-se da sua boca até aos ouvidos (de Deus), (e Deus) apressar-se-á em lhe fazer justiça. Aquele que odeia a correcção segue os passos do pecador, aquele que teme a Deus volta ao seu próprio coração. De longe é conhecido o poderoso de linguagem insolente, mas o homem sábio sabe como se descartar dele" (Eclo 21, 1-8).
Às vezes, durante a confissão, tentamos tirar uma das máscaras, mas acontece, em geral, que só conseguimos tirar parte dela. Assim lutamos connosco mesmos e, embora o confessor procure ajudar-nos, não pode substituir-se a nós. É o penitente quem tem de confessar-se e não o confessor. Este tem de respeitar a nossa liberdade. A luta interior, relacionada com o tirar da máscara, pode constituir uma prova difícil. 
Há quem fracasse com frequência neste ponto. Um dia, porém, quando com confiança se abrirem à Misericórdia divina, desvendarão, já sem qualquer respeito humano, a verdade acerca de si mesmos e confessarão, abertamente, que são pecadores.
 
O Sacramento da Reconciliação tornar-se-á, então, para eles, um verdadeiro toque de Deus.
 
Não tenhas medo da confissão.
 
Não te esqueças que a melhor confissão é aquela em que desvendas com confiança o abismo da tua miséria.
 
Não tenhas medo: o sacerdote não vai fugir assustado com os teus pecados.
 
E mesmo que fugisse, Deus não ia deixar de amar-te. A Deus não deves temer.
 
Ele sabe muito bem o que guardas no teu íntimo. Aqui, trata-se apenas de quereres ser como o publicano e de, confiando na Misericórdia divina, quereres conhecer que espécie de vaso és.

Catequese sobre o Sacramento da Confissão
Para viver uma boa confissão
1. O QUE É A CONFISSÃO? 
Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados dos seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.
 
 
 
2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA?
 
O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois Jesus soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23).
 
 
 
3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA?
 
Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18). 
 
 
 
4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO A UM HOMEM IGUAL A MIM?  
 
Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida aos seus filhos; e como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc. 
 
 
 
5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?  
 
Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros" (Tg 5,16 ).
 
  
 
6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
 
Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições:
 
a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus;
 
b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo;
 
c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, converter-se;
 
d) confissão objectiva e clara a um sacerdote;
 
e) cumprir a penitência que o padre nos indicar.
 
 
 
7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO?
 
Dizer o tempo transcorrido desde a última confissão. Acusar os seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Falar resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém, se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto). 
 
 
 
8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA, SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?
 
Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.
 
 
 
9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR?
 
Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.
 
  
 
10. O QUE SÃO PECADOS GRAVES (MORTAIS) E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS?
 
São ofensas graves a Deus ou ao próximo. Eles apagam a caridade no coração do homem e o desviam de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: "Há pecado que leva à morte" (1Jo 5,16b).
 
 
 
11. O QUE SÃO PECADOS LEVES (ou também chamados de VENIAIS)?
 
São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda a iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (1Jo 5, 17).
 
 
 
12. ALGUNS EXEMPLOS DE PECADOS GRAVES
 
São pecados graves, por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre, o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros.
 
  
 
13. TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ CONDENADO?
 
Merece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa, pode julgar.
 
 
 
14. E SE TENHO DÚVIDAS SE COMETI PECADO GRAVE OU NÃO?
 
Para que haja pecado grave (mortal) é necessário:
 
a) conhecimento, ou seja, a pessoa deve saber, estar informada que o acto a ser praticado é pecado;
 
b) consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo para reflectir, e escolhe (consente) cometer o pecado;
 
c) liberdade, isto é, significa que somente comete pecado quem é livre para fazê-lo;
 
d) matéria, ou seja, significa que o acto a ser praticado é uma ofensa grave aos Mandamentos de Deus e da Igreja.
 
Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os Mandamentos de Deus.
 
15. SE ME ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?
 
Se esquecestes realmente, o Senhor perdoou-te, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote na próxima confissão.
 
 
 
16. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO?
 
Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas o seu pecado é muito grave).
 
  
 
17. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA?
 
O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda a vez que cometemos um pecado mortal.
 
 
 
18. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE?
 
Toda a confissão apaga completamente os nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E dá-nos a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranquilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta os nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demónio na nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e faz-nos crescer em todas as virtudes.
 
 
 
19. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO?
 
Se somos conhecidos do nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo o caso, antes de te confessares conversa com o sacerdote sobre a tua dificuldade. Ele usará de caridade para que a tua confissão seja válida sem te causar constrangimentos. Lembra-te: o sacerdote está no lugar de Jesus Cristo!
 
 
 
20. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FIM DA CONFISSÃO?
 
A penitência proposta no fim da confissão é uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.
 

Sacramento da penitência e da reconciliação


O Sacramento da penitência e da reconciliação
O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vício

A reconciliação torna-se necessária porque se deu a ruptura do pecado, da qual derivaram todas as outras formas de ruptura no íntimo do homem e à sua volta. 
A reconciliação, portanto, para ser total exige necessariamente a libertação do pecado, rejeitado nas suas raízes mais profundas.
 
Por isso, há uma estreita ligação interna, que une conversão e reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades, ou falar de uma sem falar da outra.
 
A nova vida da graça, recebida no Baptismo, não suprimiu a fragilidade da natureza humana nem a inclinação para o pecado (isto é, a concupiscência). O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento, para a conversão dos baptizados que pelo pecado d’Ele se afastaram. Na tarde de Páscoa, o Senhor se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoar os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (Jo 20, 22-23).
 
O pecado é uma ofensa a Deus, na desobediência ao seu amor. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vício.
 
Podemos ainda distinguir entre pecado mortal e venial. Comete-se pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do inferno, se dele não nos arrependermos. É perdoado ordinariamente mediante os sacramentos do Baptismos e da Penitência ou Reconciliação.
 
O pecado venial, que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afecto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificadoras temporais.
 
Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
 
Todo o fiel, obtida a idade da razão, é obrigado a confessar os seus pecados graves ao menos uma vez por ano e antes de receber a Sagrada Comunhão. Devem-se confessar todos os pecados ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados é o único modo ordinário para obter o perdão. 
 
Dada a delicadeza e a grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, todo o confessor está obrigado a manter o sigilo sacramental, isto é, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos em confissão, sem nenhuma excepção e sob penas severíssimas.
Os efeitos do sacramento da Penitência são:
- a reconciliação com Deus e portanto o perdão dos pecados; 
- a reconciliação com a Igreja; a recuperação, se perdida, do estado de graça;
 
- a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, ao menos em parte, das penas temporais que são consequência do pecado;
 
- a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do espírito;
 
- o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão
 
O apelo à conversão ressoa continuamente na vida dos baptizados os quais têm a necessidade da conversão. Esta conversão é um empenho contínuo para toda a Igreja.
Catecismo da Igreja Católica

Santo António e a confissão

SANTO ANTÓNIO E A CONFISSÃO
No dia 13 de Junho celebramos a memória de um grande santo português Santo António. Todos nós o conhecemos como um grande pregador, como o “Santo dos Milagres”, o “Santo Casamenteiro”, o “Santo dos Objectos Perdidos”,
mas são poucos os que conhecem a sua faceta de grande confessor.
Na verdade, S. António tinha dias que confessava sem interrupção desde manhã cedo até ao pôr-do-sol, sem comer nem apanhar um pouco de ar, apesar de se encontrar com a saúde bastante debilitada. Ele foi um incansável pescador de almas e a felicidade que o inundava ao restituir a Luz da graça divina aos pecadores era tal, que nesses dias se esquecia do cansaço, do frio, do calor e da fome.
Foi ele que escreveu: “O sacramento da penitência é chamado “casa de Deus”, porque aí os pecadores reconciliam-se com Ele, assim como o filho pródigo se reconcilia com o pai, que o acolhe novamente em casa. É também chamado “porta do paraíso”, já que, através da confissão, o penitente é levado a beijar os pés, as mãos, o rosto do Pai Celeste. Oh casa de Deus! Oh confissão, porta do paraíso! Bem-aventurado quem habita em ti, bem-aventurado quem entra em ti! Humilhai-vos, meus irmãos e entrai por esta porta santa”.
Noutra altura escreveu: “Tal como te confessaste, assim deves emendar-te. Há muitos que confessam os seus pecados, mas nunca se emendam. O verdadeiro penitente, por onde quer que vá, deve sempre ter fixo na alma o propósito de não voltar a cair na culpa. 
Há quem se confesse uma única vez por ano, mas seria bom confessar-se mais frequentemente. De facto, frágeis como somos e inclinados para o mal, todos os dias nos acontece contrair alguma mancha. A nossa memória, além disso, é tão escorregadia que tem dificuldade em recordar à noite aquilo que fez de manhã. Porquê então adiar para amanhã aquilo que seria urgente fazer hoje? Oh homem, hoje existes; mas amanhã, se calhar, não. Vive e comporta-te hoje como se amanhã tivesses que morrer.
E sempre que absorveres o veneno da culpa, corre imediatamente a procurar o contra-veneno da sincera e dolorosa confissão”.
Meditemos nestas sábias palavras e conselhos de Santo António.
Ao longo dos vários anos de vida de confessor de Santo António, aconteceram episódios singulares. Fica aqui o mais conhecido:
“Um habitante de Pádua confessou uma vez que tinha agredido a sua mãe com um pontapé e, com tal violência que a fez cair por terra. O bem-aventurado Santo António, que ferozmente detestava a fúria, levado pelo zelo e quase com horror, exclamou: ‘O pé que bate no pai ou na mãe merecia, sem dúvida, ser cortado!’ O homem, não tendo compreendido bem tais palavras, voltou com toda a pressa para casa e imediatamente cortou o seu próprio pé. A notícia de tão atroz punição divulgou-se imediatamente por toda a cidade de Pádua e chegou aos ouvidos de Santo António. Ele dirigiu-se logo para junto daquele homem e depois de uma devota oração, juntou o pé cortado à perna, fez sobre ela o sinal da cruz e impôs por cima as suas santas mãos. Imediatamente o pé ficou ‘colado” à perna. O homem levantou-se com o seu pé intacto e são, louvando e exaltando o Senhor, e dando graças ao bem-aventurado Santo António, pela tão maravilhosa forma com que tinha sido curado pela sua intervenção”. 
Vemos assim que Santo António, para além de ser grande na pregação, não era menor no confessionário. Isto vai de encontro aos seus pensamentos: “De que serve pregar no púlpito a uma multidão de ouvintes, se depois o confessionário ficar deserto? Seria como ir à caça e regressar com a bolsa vazia!”.
Peçamos a Deus que nos envie muitos e santos sacerdotes, com um espírito confessor como o de Santo António. 

Confissão: a nossa fortaleza

Confissão: a nossa fortaleza
Jesus cura-nos da paralisia espiritual
Todos os pormenores que envolveram a cura do paralítico (cf. Mc 2,1-12) são profundamente significativos. Aquela doença era bem o símbolo da paralisia espiritual e Jesus, com o Seu poder divino, cura a moléstia do corpo e da alma. Com efeito, aquele homem saiu a andar, levando a cama em que o trouxeram a Cristo, que realizou algo ainda mais admirável ao lhe restituir a saúde da alma: “Os teus pecados estão perdoados”.
Após a Sua Ressurreição, Cristo, que demonstrou peremptoriamente a Sua divindade, outorgaria esta faculdade aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados” (Jo 20,23). Era a instituição do sacramento da penitência, o sacramento da libertação. Quando alguém diz que se vai confessar não se trata de um ato qualquer como ir ao dentista ou a qualquer consultório médico, o que já indica um mal corporal, mas atitude que se torna necessária para recuperar o bem-estar físico.
Entretanto, o sacramento da reconciliação opera uma cura muito mais premente, que não admite nenhuma dilação, pois trata-se do reencontro pessoal com Aquele que ama o que errou muito além da sua expectativa. Este sacramento oferece o perdão das faltas veniais ou graves, sendo remédio espiritual que fortalece o cristão para os embates contra as investidas do maligno. Sara as falhas das eivas provenientes dos pecados capitais, sobretudo, do defeito dominante.
O sacerdote é apenas um instrumento do Redentor, pois pronuncia, em Seu nome, a fórmula da absolvição. É Jesus quem cura a paralisia espiritual e ajuda para a caminhada rumo à Jerusalém celeste, impedindo as más decisões e as indecisões diante dos ataques demoníacos. O arrependimento sincero é uma volta medicinal aos erros passados, mas, sobretudo, uma largada para frente, para vitórias fulgurantes, obstando o cristão a desistir do mal, na prática das virtudes, na fidelidade à observância dos mandamentos, no anelo ardente de estar com Deus por toda a eternidade. Tira-se um fardo pesado e imerge-se no oceano do amor infinito do Ser Supremo.
Percebe-se então que há uma diferença enorme entre o perdão dos homens e o do Criador, pois este é total. O Todo-Poderoso falou por intermédio do profeta Isaías: “Eu não me lembrarei mais dos teus pecados” (Is 43,25). Perdão completo que apaga as manchas devidas à fragilidade humana, benesse ofertada pelo grande amor do Senhor, que é a bondade infinita. Cumpre lembrar que o ato de dileção dos amigos do paralítico permitiu o seu encontro com Jesus, encontro que resultou em consequências tão maravilhosas.
Este é um apostolado muito abençoado por Jesus, levar os que estão nas trevas do erro para a luz da anistia divina. Aqueles que se comprimiam ao redor do Redentor tinham uma confiança formidável n'Ele. Cristo, que lia os corações, percebia a fidúcia que neles reinava. Primeiro, foram perdoados os pecados daquele doente, depois seguiu-se a sua cura. Eis porque, sobretudo, por ocasião de alguma moléstia, é preciso, antes de tudo, colocar a consciência em paz, mesmo porque os medicamentos só produzirão o seu efeito total quando a tranquilidade e a imperturbabilidade imperam dentro do coração. Este não deve estar bloqueado, dado que é todo processo psicossomático que necessita ser restaurado.
Os empecilhos que levam à paralisia espiritual podem vir de um passado infeliz, e tudo que esteja no inconsciente precisa de ser aflorado, ou de um espírito rancoroso, revoltado, amargo que necessita envolver-se num perdão cordial ou ainda dos muitos cuidados, ambições terrenas, paixões desregradas, situações familiares, profissionais. Numerosas são as causas que podem impedir o encontro com Jesus. Um sincero exame de consciência é a melhor de todas as terapias.
Com habilidade, diplomacia e muita caridade os bons cristãos podem, de facto, ajudar os amigos a encontrarem o Médico Divino, apostolado admirável, meritório para o dia do juízo final. São de um valor imenso as preces pela conversão dos pecadores. Jesus deseja perdoar a todos, mas respeita a liberdade de nos aproximarmos d'Ele ou não, e conta com o interesse dos verdadeiros cristãos que levem outros até Ele.
Representante de Cristo, o padre no confessionário exerce um tríplice papel. 
É Juiz e, na verdade quantos, às vezes, pensam estar numa triste situação espiritual e, no entanto, necessitam apenas de pequenos ajustamentos vivenciais.
 
É Médico, ele cura enfermidades da alma. Nem sempre o mesmo remédio pode ser aplicado a idêntico tipo de doença, sendo morte para um o que é saúde para o outro. É o que se dá também na esfera espiritual: o confessor, habilmente, diagnostica o que se passa com quem o procura em busca de paz interior, oferecendo-lhe o medicamento adequado.
 
É Mestre, ele guia e aponta as veredas salvíficas; tudo isto em nome de Jesus, que tem poder de perdoar os pecados.

A absolvição dos pecados

Não há comunicação directa com Deus para a absolvição dos pecados
Entrevista com o padre Hernán Jiménez, confessor em Santa Maria Maior
Deus perdoa sempre? Perdoa tudo?
- Pe. Jiménez: Deus é um pai bondoso, compassivo e misericordioso. Ele perdoa sempre todas as nossas faltas e pecados. Deus perdoa tudo, se o homem humildemente se reconhece pecador, como diz Mateus 18, 21 e ss.
A cada quanto tempo um católico tem que se confessar?
- Pe. Jiménez: No geral, com frequência! Mas pelo menos uma vez por ano, se possível na Páscoa. Depende do grau de consciência na relação com Deus: quanto mais consciência se tem da presença dEle, mais forte é a necessidade da pureza. Quanto mais se vive perto de Jesus, com espírito de fé, muito mais se procura viver com grande rectidão.
Qual é a melhor maneira de se preparar para a confissão?
- Pe. Jiménez: Fazendo o exame de consciência sobre os mandamentos, os preceitos da Igreja, o preceito da caridade fraterna. E também sobre os nossos deveres de cristãos praticantes.
Os confessores mandam rezar como penitência, mas também mandam fazer actos de ressarcimento. Isto é oficial, substitui as orações?
- Pe. Jiménez: As obras de caridade substituem muito bem a oração, porque o ressarcimento ou restituição é uma obrigação de justiça.
Existe a confissão "directa com Deus", como algumas pessoas argumentam? Qual é a diferença entre esta prática e o sacramento da reconciliação?
- Pe. Jiménez: Com Deus existe uma comunicação directa na oração e na meditação interior, mas nunca na remissão dos pecados. Segundo o mandamento de Jesus, só os Apóstolos e os seus sucessores, os sacerdotes, podem perdoar os pecados em nome dEle.
Qual é a base bíblica do perdão exercido pelo sacerdote? Ele age em nome de Deus ou do seu próprio poder como consagrado?
- Pe. Jiménez: A base está nos evangelhos, em João 20, 22-23. O sacerdote age em nome de Deus e pelo mandamento da Igreja, que ele recebe na ordenação sacerdotal. O sacerdote perdoa todo o pecado com a fórmula “… em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Quando começou a confissão na Igreja, tal como a conhecemos hoje?
- Pe. Jiménez: Desde os primeiros tempos da Igreja, quando a confissão era pública. No século IV ela passou a ser privada, auricular.
Desde que idade e até quando um católico tem que se confessar?
- Pe. Jiménez: Em qualquer idade. Mas a Igreja aconselha começar com a primeira comunhão. E enquanto mantivermos o uso da razão, sendo conscientes da nossa vida moral e de católicos.
O papa Bento XVI disse que os doentes devem ser levados à confissão sempre. Podemos pecar quando sofremos, prostrados numa cama?
- Pe. Jiménez: É para a serenidade e para a tranquilidade da consciência, e para dar sustento, força e consolação no meio do sofrimento físico.
Quem não está casado pela Igreja pode-se confessar?
- Pe. Jiménez: Não pode, porque vive em estado de pecado.
De que modo o sacramento da reconciliação poderia ser um elemento importante para a nova evangelização desejada pelo Papa?
- Pe. Jiménez: A reconciliação é indispensável para todo o cristão, especialmente neste período histórico em que o povo se afasta dos sacramentos. Através da consciência, reconhecendo com grande humildade a miséria da natureza humana diante de Deus e dos outros, tornamo-nos mais humanos e sensíveis ao outro e de modo especial a Deus.
Dizem que os confessores têm uma terapia para não ficar sobrecarregados com tantos pecados que escutam... Você precisa deste tipo de ajuda?
- Pe. Jiménez: Não, não. Todos nós, com grande espírito de fé e de generosidade fraterna, realizamos esta missão apostólica. Não existe nenhuma terapia, a única é a reconciliação com Deus através da sua misericórdia e perdão.
No geral, pode nos dizer quais são as angústias que levam as pessoas a confessar-se?
- Pe. Jiménez: A angústia é pelos pecados cometidos, e elas saem com muita paz interior e alegria espiritual. E também temos os problemas da nossa sociedade atual, como a solidão, a falta de trabalho, a falta de recursos económicos, entre outros.
Dizem que os papas se confessam com frequência, e que o beato João Paulo II se confessava semanalmente. Bento XVI segue esta prática?
- Pe. Jiménez: Claro, como todo o cristão e bom pastor da Igreja. Ninguém é impecável e perfeito neste mundo. O Papa também se confessa regularmente.

A Confissão frequente

Sobre a Confissão frequente
Por
Santo Afonso Maria de Ligório
"A verdadeira dor não está em senti-la, mas em querê-la
Todo o mérito das virtudes está na vontade!"
"Não falamos aqui das confissões das pessoas metidas em pecados mortais. Entretanto não deixaremos de dar avisos concernentes às ocasiões próximas e às confissões sacrílegas. Mas queremos falar principalmente das confissões das almas timoratas, que amam a perfeição e procuram purificar-se cada vez mais das manchas dos pecados veniais.
UTILIDADE DA CONFISSÃO FREQUENTE
Refere Cesário que um santo sacerdote mandou da parte de Deus a um demônio que lhe tinha aparecido, lhe dissesse o que mais o maltratava; e o inimigo respondeu que nada o contrariava nem o desgostava tanto, como a confissão frequente. 
Jesus Cristo disse a S. Brígida: "Aquele que quer conservar o fervor, deve purificar-se frequentemente com a confissão na qual se acuse de todos os seus defeitos e negligências em servir-me." - Cassiano ensina que a alma que aspira à perfeição, deve cuidar de ter uma grande pureza de consciência, porque assim é que se adquire o perfeito amor de Deus, que não se dá senão às almas puras; de sorte que o divino amor corresponde à pureza do coração.
- É preciso, porém entender que nos homens, segundo o estado presente, esta pureza não consiste numa isenção absoluta de toda a falta; porque, exceto o nosso divino Salvador e sua divina Mãe, não houve nem haverá no mundo nenhuma alma sem manchas. Todos nós nascemos em pecado e caímos em muitas faltas, diz S. Tiago.
- Consiste em duas coisas, que são velar atentamente para que não entre no coração nenhuma falta deliberada, por leve que seja, e ter cuidado de purificar-se imediatamente de qualquer falta que nele possa ter entrado.
- Estes são justamente os dois bons efeitos que produz a confissão frequente.
Primeiramente, pela confissão frequente, uma pessoa purifica-se das manchas contraídas. - A este propósito, narra S. João Clímaco que um jovem, desejando corrigir-se da má vida, que levava no século, foi-se fazer religioso num mosteiro. Antes de recebê-lo, o abade quis prová-lo; e disse-lhe que, se queria ser admitido, fosse confessar em público todos os seus pecados. Deveras resolvido a se entregar inteiramente a Deus, o jovem obedeceu; mas, enquanto expunha as suas faltas diante da comunidade, um santo religioso que fazia parte desta, viu um homem de aspecto venerando, que à medida que o jovem ia declarando os seus pecados, os apagava de um papel que tinha na mão, onde estavam escritos; de sorte que, acabada a confissão, todos estavam apagados.
- O que, neste caso, aconteceu visivelmente, sucede invisivelmente sempre que um se confessa com as devidas disposições.
- A confissão, porém, além de purificar a alma das suas máculas, dá-lhe também força para não recair. - Segundo o doutor angélico, a virtude da penitência faz que a falta cometida seja destruída e também que não volte mais.
- A tal propósito S. Bernardo refere um facto da vida de S. Malaquias: uma mulher tinha o hábito de se impacientar e de se irritar a tal ponto que se tornara insuportável. S. Malaquias, ouvindo dela mesma que nunca se houvera confessado de tais impaciências, excitou-a a fazer uma confissão exata dessas faltas. Depois disto, tornou-se tão paciente e tão branda, que parecia incapaz de se enfadar por qualquer trabalho ou mau trato que a importunasse.É por isso que muitos santos, para adquirirem a pureza de consciência, costumavam confessar-se todos os dias. Assim praticavam S. Catarina de Sena, S. Brígida, a Beata Collecta, S. Carlos Borromeo, S. Inácio de Loiola e muitos outros. S. Francisco de Borgia não se contentava com uma só vez, confessava-se duas vezes por dia.
- Se os homens do mundo têm horror de aparecer com uma mancha no rosto diante dos amigos, que se há de estranhar que as almas amigas de Deus procurem purificar-se cada vez mais, para se tornarem cada vez mais agradáveis aos olhos de Nosso Senhor.
DO EXAME, DA DOR OU CONTRIÇÃO E DO BOM PROPÓSITO
- Para fazer uma boa confissão, cinco coisas se requerem: O exame de consciência, a dor de ter pecado, a confissão dos pecados, o cumprimento da penitência e o propósito de se corrigir.
1. Quanto ao exame, aos que frequentam os sacramentos, não é necessário que quebrem a cabeça em indagar todos os pormenores das faltas veniais. É preferível que se apliquem mais a descobrir as causas e raízes dos seus apegos e das suas negligências. Isto é para as pessoas que não fazem outra coisa que repetir, de cada vez, a recitação das mesmas faltas, como uma cantilena, sem arrependimento e sem propósito de emenda.
Quanto aos pecados veniais, se fosse plenamente voluntários, se manifestariam também de um modo sensível de pena que causariam; aliás não há obrigação de confessar todas as faltas leves que se têm na consciência, e por conseguinte também não há obrigação de fazer um exame exato e menos ainda de escrutar o número e circunstâncias, ou se recordar como e porque se cometeram. Basta declarar as faltas leves que pesam mais e são mais opostas a perfeição, e acusar as outras em termos gerais.
- Quando não há matéria certa depois da última confissão, diga-se algum pecado da vida passada, de que se tenha mais dor, por exemplo: Acuso-me especialmente de todas as culpas cometidas no passado contra a caridade, a pureza ou a obediência.
- É bastante consolador o que sobre este ponto escreve S. Francisco de Sales: "Não vos inquieteis, se não vos lembrardes de todas as faltinhas para as confessar; porque assim como muitas vezes caís sem advertência, assim também muitas vezes vos levantareis sem perceber; a saber, pelos actos de amor ou outros actos bons que as almas devotas costumem fazer".
2. É necessária, em segundo lugar, a dor ou contrição, e é o que se requer principalmente para obter a remissão dos pecados. As confissões mais longas não são as melhores, mas as em que há mais dor. O sinal de uma boa confissão, diz S. Gregório, não se acha no grande número de palavras do penitente, mas no arrependimento que demonstra.
- Mas S. Tomás diz que a dor essencial, necessária para a confissão, é a detestação do pecado cometido, e que esta dor não está na parte sensitiva, mas na vontade; visto que a dor sensível é um efeito do desprazer da vontade o que nem sempre está em nosso poder, porque a parte inferior nem sempre segue a parte superior.
Assim, pois, sempre que, na vontade, a displicência da culpa cometida é acima de todos os males, a confissão é boa.
- Abstende-vos, portanto, de fazer esforços para sentir a dor. - Falando dos atos internos, sabei que os melhores são os que se fazem com menor violência e maior suavidade, visto que o Espírito Santo ordena tudo com doçura e tranquilidade.
O santo rei Ezequias, falando do arrependimento que tinha dos seus pecados, dizia sentir deles dor muito amarga, mas em paz.
Quando quiserdes receber a absolvição, fazei assim: No preparar-vos para a confissão, começai por pedir a Jesus Cristo e à Virgem das Dores uma verdadeira dor dos vossos pecados; em seguida fazei brevemente o exame, como acima dissemos; e depois, para a contrição, basta que façais um acto como este: "Meu Deus, eu vos amo acima de todas as coisas; espero, pelos merecimentos do sangue de Jesus Cristo, o perdão de todos os meus pecados, dos quais me arrependo de todo o coração, por ter ofendido e desgostado a vossa infinita bondade, e os aborreço mais do que todos os males; e uno este meu aborrecimento ao aborrecimento que deles teve o meu Jesus no horto de Getsémani. Proponho não vos ofender mais, com a vossa graça". Uma vez que tenhais querido pronunciar este acto com sinceridade, ide tranquilamente receber a absolvição, sem temor e sem escrúpulo. - S. Teresa para tirar as angústias a este respeito, dava um outro bom sinal de contrição: "Vede, dizia ela, se tendes um verdadeiro propósito de não cometer mais os pecados que ides confessar. Se tendes este propósito, não duvideis de ter também a verdadeira dor".
3. É necessário também o bom propósito. O propósito exigido para a confissão, para ser bom, deve ser firme, universal e eficaz. Primeiramente, deve ser firme. Há alguns que dizem: eu não quereria cometer mais este pecado; eu não quereria mais ofender a Deus. - Mas ai! este eu quereria denota que o propósito não é firme. Para que o seja, é necessário dizer com vontade resoluta: Não quero mais ofender a Deus deliberadamente. Em segundo lugar, deve ser universal, isto é, deve o penitente propor-se a evitar todos os pecados sem exceção. Isto, porém, só se entende dos pecados mortais.
Quanto aos pecados veniais, basta, para o valor do sacramento, que o arrependimento e o propósito recaiam sobre uma só espécie de pecado; mas as pessoas mais espirituais devem propor se evitar todos os pecados veniais deliberados; e quanto aos indeliberados, visto que é impossível evitá-los todos, basta que se proponham fazê-lo quanto for possível. Em terceiro lugar, deve ser eficaz, isto é, capaz de determinar o penitente a empregar os meios necessários para não cometer mais as faltas de que se acusa, e especialmente a fugir das ocasiões próximas de recair. Por ocasião próxima entende-se aquela em que a pessoa caiu muitas vezes em pecados graves, ou, sem justa causa, induziu outros a caírem. Neste caso não basta propor-se somente evitar o pecado, mas é necessário também propor tirar a ocasião, aliás as suas confissões serão todas nulas, embora receba mil absolvições; pois não querer remover a ocasião próxima de pecado grave já é por si culpa grave. E assim como temos demonstrado na nossa obra de teologia moral, quem recebe a absolvição sem o propósito de tirar a ocasião próxima, comete um novo peca"do mortal de sacrilégio.


AVE MARIA!


Nell'anno della Fede, l'esempio di sette nuovi Santi


Il 21 ottobre 2012 nel corso dell’Anno della fede Benedetto XVI ha voluto canonizzare sette nuovi santi, ciascuno esempio di un particolare modo di vivere in modo eroico la fede. Riporto per ciascuno dei sette santi le parole del Papa: brevi ma densi cenni, che male si presterebbero a un riassunto.
* San Jacques Berthieu (1838-1896)
«Jacques Berthieu, nato nel 1838, in Francia, fu ben presto conquistato da Gesù Cristo. Durante il suo ministero in parrocchia, ebbe il desiderio ardente di salvare le anime. Diventato gesuita, voleva percorrere il mondo per la gloria di Dio. Pastore infaticabile nell’Isola Santa Maria e poi nel Madagascar, lottò contro l’ingiustizia, mentre recava sollievo ai poveri e ai malati. I Malgasci lo consideravano come un sacerdote venuto dal cielo, dicendo: Lei è il nostro ‘padre e madre’! Si fece tutto a tutti, attingendo nella preghiera e nell’amore del Cuore di Gesù la forza umana e sacerdotale di giungere fino al martirio nel 1896. Morì dicendo: «Preferisco morire piuttosto che rinunciare alla mia fede». Cari amici, la vita di questo evangelizzatore sia un incoraggiamento e un modello per i sacerdoti, affinché siano uomini di Dio come lui! Il suo esempio aiuti i numerosi cristiani oggi perseguitati a causa della fede! Possa la sua intercessione, in questo Anno della fede, portare frutti per il Madagascar e il continente africano! Dio benedica il popolo malgascio!»

* San Pedro Calungsod (ca. 1654-1672)

«Pedro Calungsod nacque intorno al 1654, nella regione di Visayas nelle Filippine. Il suo amore per Cristo lo spinse a prepararsi per diventare catechista con i missionari Gesuiti di quel luogo. Nel 1668, assieme ad altri giovani catechisti, accompagnò il P. Diego Luis de San Vitores alle Isole Marianas per evangelizzare il popolo Chamorro. La vita là era dura e i missionari soffrirono persecuzioni a causa di invidie e calunnie. Pedro, però, dimostrò fede e carità profonde e continuò a catechizzare i molti convertiti, dando testimonianza a Cristo mediante una vita di purezza e di dedizione al Vangelo. Molto intenso era il suo desiderio di guadagnare anime a Cristo, e ciò lo rese risoluto nell’accettare il martirio. Morì il 2 aprile 1672. Testimoni raccontano che Pedro avrebbe potuto mettersi in salvo ma scelse di rimanere al fianco di P. Diego. Il sacerdote ebbe modo di dare l’assoluzione a Pedro prima di essere lui stesso ucciso. Possano l’esempio e la coraggiosa testimonianza di Pedro Calungsod ispirare le care popolazioni delle Filippine ad annunciare il Regno di Dio con forza e guadagnare anime a Dio!»

* San Giovanni Battista Piamarta (1841-1913)

«Giovanni Battista Piamarta, sacerdote della diocesi di Brescia, fu un grande apostolo della carità e della gioventù. Avvertiva l’esigenza di una presenza culturale e sociale del cattolicesimo nel mondo moderno, pertanto si dedicò all’elevazione cristiana, morale e professionale delle nuove generazioni con la sua illuminata carica di umanità e di bontà. Animato da fiducia incrollabile nella Divina Provvidenza e da profondo spirito di sacrificio, affrontò difficoltà e fatiche per dare vita a diverse opere apostoliche, tra le quali: l’Istituto degli Artigianelli, l’Editrice Queriniana, la Congregazione maschile della Santa Famiglia di Nazareth e la Congregazione delle Umili Serve del Signore. Il segreto della sua intensa ed operosa vita sta nelle lunghe ore che egli dedicava alla preghiera. Quando era oberato di lavoro, aumentava il tempo per l’incontro, cuore a cuore, con il Signore. Preferiva le soste davanti al santissimo Sacramento, meditando la passione, morte e risurrezione di Cristo, per attingere forza spirituale e ripartire alla conquista del cuore della gente, specie dei giovani, per ricondurli alle sorgenti della vita con sempre nuove iniziative pastorali»

* Santa Maria del Carmelo Sallés y Barangueras (1848-1911)
«”Donaci, Signore, il tuo amore: in te speriamo”. Con queste parole, la liturgia ci invita a fare nostro questo inno a Dio creatore e provvidente, accettando il suo progetto nella nostra vita. Così fece santa Maria del Carmelo Sallés y Barangueras, religiosa nata a Vic, in Spagna, nel 1848. Ella, vedendo realizzata la sua speranza, dopo molte vicissitudini, contemplando lo sviluppo della Congregazione delle Religiose Concezioniste Missionarie dell’Insegnamento, che aveva fondato nel 1892, poté cantare insieme con la Madre di Dio: “Di generazione in generazione la sua misericordia si stende su quelli che lo temono”. La sua opera educativa, affidata alla Vergine Immacolata, continua a portare frutti abbondanti in mezzo alla gioventù mediante l’impegno generoso delle sue figlie, che come lei si pongono nelle mani del Dio che tutto può»

* Santa Marianne Cope (1838-1918)
«Rivolgo ora lo sguardo a Marianne Cope, nata nel 1838 ad Heppenheim, in Germania. Quando aveva un anno soltanto fu portata negli Stati Uniti, e nel 1862 entrò nel Terz’Ordine Regolare di san Francesco a Syracuse, New York. In seguito, come Superiora Generale della sua Congregazione, Madre Marianne accolse di sua volontà una chiamata a prendersi cura dei lebbrosi delle Hawaii, dopo che molti altri avevano rifiutato. Si recò là con sei consorelle, per gestire un ospedale a Oahu e successivamente fondare l’ospedale Malulani a Maui ed aprire una casa per ragazze i cui genitori erano lebbrosi. Dopo cinque anni, accettò l’invito ad aprire una casa per donne e ragazze nella stessa isola di Molokai, coraggiosamente andandovi lei stessa ed in pratica terminando il proprio contatto con il mondo esterno. Là si prese cura di padre Damiano [san Damiano de Veuster, 1840-1889] già famoso per la sua eroica attività fra i lebbrosi, curandolo sino alla morte e prendendone il posto fra i lebbrosi maschi. Quando ancora si poteva fare poco per quanti soffrivano di questa terribile malattia, Marianne Cope dimostrò l’amore, il coraggio e l’entusiasmo più alti. Ella è un luminoso e forte esempio della migliore tradizione cattolica nell’accudire alle sorelle e dello spirito del suo amato san Francesco [1182-1226]»

* Santa Kateri Tekakwitha (1656-1680)
«Kateri Tekakwitha nacque nell’odierno stato di New York nel 1656 da padre Mohawk e da madre cristiana algonchina, che le trasmise il senso del Dio vivente. Fu battezzata all’età di vent’anni e, per fuggire dalle persecuzioni, si rifugiò nella missione di san Francesco Saverio vicino a Montreal. Là lavorò, fedele alle tradizioni del suo popolo – anche se rinunciò alle convinzioni religiose della sua gente – sino alla morte all’età di 24 anni. Vivendo un’esistenza semplice, Kateri rimase fedele al suo amore per Gesù, alla preghiera e alla Messa quotidiana. Il suo più grande desiderio era conoscere Dio e fare ciò che a Lui piace. Kateri ci impressiona per l’azione della grazia nella sua vita in assenza di sostegni esterni, e per il coraggio nella vocazione tanto particolare nella sua cultura. In lei, fede e cultura si arricchiscono a vicenda! Il suo esempio ci aiuti a vivere là dove siamo, senza rinnegare ciò che siamo, amando Gesù! Santa Kateri, patrona del Canada e prima santa amerinda, noi ti affidiamo il rinnovamento della fede nelle prime nazioni e in tutta l’America del Nord! Dio benedica le prime nazioni!»

* Sant’Anna Schäffer (1882-1925)
«Anna Schäffer di Mindelstetten, da giovane, voleva entrare a far parte di un Ordine religioso missionario. Essendo di modesta provenienza, cercò di guadagnare come domestica la dote necessaria per essere accolta in convento. In questo lavoro ebbe un grave incidente con ustioni inguaribili alle gambe, che la costrinsero al letto per tutta la vita. Così, il letto di dolore diventò per lei cella conventuale e la sofferenza costituì il suo servizio missionario. Inizialmente si lamentava della propria sorte, ma poi giunse a interpretare la sua situazione come una chiamata amorevole del Crocifisso a seguirLo. Confortata dalla Comunione quotidiana, ella diventò un instancabile strumento di intercessione nella preghiera e un riflesso dell’amore di Dio per molte persone che cercavano il suo consiglio. Possa il suo apostolato di preghiera e di sofferenza, di sacrificio e di espiazione costituire un esempio luminoso per i fedeli nella sua Patria, e la sua intercessione rafforzi il movimento cristiano di hospice [centri di cure palliative per malati terminali] nel loro benefico servizio»
Di Massimo Introvigne





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